Um ano a caminhar com São Paulo: "Cada um ame a sua mulher como a si mesmo..."
15.12.08 | ssacramento
Em Ef. 5,21-33, Paulo fala sobre o matrimónio cristão. Nos versículos 21 a 24 e 33b, o Apóstolo dirige-se às esposas, enquanto que para os maridos o volume de texto é maior (vv. 25-33a) aparecendo 3 exortações ao amor:
- os maridos devem amar as esposas na mesma medida que Cristo amou (e ama) a Igreja, já que se entregou por nós na cruz;
- o marido deve amar a esposa, não apenas como quem ama o próximo como a si mesmo, mas como fazendo parte da sua própria carne. A mulher é "osso dos meus ossos, carne da minha carne" (Gn 2,23), logo há igualdade de dignidade entre homem e mulher;
- no amor que atrai e une os dois esposos manifesta-se ao vivo o grande mistério do amor inefável de Cristo à Igreja e daí, agora sim, que cada um ame a sua mulher como a si mesmo. É um amor cuja medida é a própria pessoa, na sua dignidade de pessoa que quer ser amada.
Quanto à esposa é dito que respeite o marido. Pelo Baptismo, todas as diferenças deixaram de ser motivo de exclusão e opressão (1Cor 12,13; Gl 3,28; Cl 3,10). Cada cristão deve considerar os outros superiores a si mesmo (1Cor9,19; Fl2,3; Rm 12,16).
(OLIVEIRA, Anacleto - Um ano a caminhar com S. Paulo. Palheira: Gráfica de Coimbra, 2008)