A parábola, conhecida como a "parábola do bom samaritano", belíssima na sua simplicidade e profunda na sua clareza, substitui a categoria de espaço pela de misericórdia para reconhecer o próximo. A partir de agora ninguém poderá aduzir que alguém é ou não meu próximo pelo conhecimento ou desconhecimento que tenha dele. Quer dizer, não é próximo aquele com quem convivo, mas aquele que se cruza comigo e está em necessidade e precisa misericórdia. Próximo é quem precisa do meu tempo, da minha atenção, da minha solidariedade, da minha presença; numa palavra, quem precisa de mim.
(GINEL, Álvaro; AYERRA, Mari Patxi - A palavra do Domingo - Comentário e Oração. Porto: Edições Salesianas, 2006)
As exortações feitas por Jesus aos que envia são no sentido de eles serem simples e desprendidos, confiantes em Deus e atentos às necessidades das pessoas, pobres, anunciadores de que o Reino de Deus está perto, isto é, de que Deus está próximo dos humanos. Em caso de serem rejeitados, simplesmente irem-se embora, sem ressentimento nem desejos de vingança.
Anunciar o Reino de Deus deve consistir, essencialmente, em ser-se transmissor de paz, mesmo e sobretudo em ambientes em que a recepção seja hostil e não hospitaleira: «como cordeiros para o meio de lobos» (Lc 10, 3).
Membros de Cristo e da Igreja, somos embaixadores do Senhor, somos o rosto de Igreja, e temos que saber calar, mas também que saber falar, dizendo a palavra certa no momento oportuno.
(Revista Mensageiro do coração de Jesus - julho 2010)