Sexta-feira depois das Cinzas
23.02.07 | ssacramento
“Existe o jejum e a penitência como boas resoluções: é fácil fazer tais propósitos, não custa nada falar disso. O que é difícil é a passagem à acção.
“É preciso passar à acção e não ter medo de sofrer, porque há sempre sacrifícios a fazer quando se quer viver segundo a Palavra de Deus.”
Para meditar - excerto da Nota Pastoral de D. António Sousa Braga, Bispo de Angra, para a Quaresma 2007:
«Ninguém jamaís viu a Deus - adverte S. João. O Filho Único, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer».(Jo 1,18). E nos ensinou que se ama Deus, amando o próximo. «Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor» (1 Jo 4, 7).
«A Quaresma deve ser para cada cristão experiência renovada do amor de Deus, que nos foi dado em Cristo, amor que todos os dias devemos, por nossa vez, "dar novamente" ao próximo, sobretudo a quem mais sofre e é necessitado».
Esta exortação do Papa Bento XVI, na Mensagem para a Quaresma de 2007 faz eco à Sua 1ª Encíclica - Deus Caritas Est - em que explica magistralmente como o amor a Deus e o amor ao próximo são inseparavéis. (...)
O caminho de aproximação a Deus, de conversão ao Deus-Amor passa pela prática do amor ao próximo. É este o sentido da Renúncia Quaresmal, que pretende ser partilha de bens com os irmãos. Trata-se de, ao longo da Quaresma, renunciar ao supérfluo e até mesmo ao necessário, para ajudar quem mais precisa, dando da nossa pobreza. (...)
Vamos viver esta Quaresma, no contexto do Programa Pastoral deste ano, que nos convida a passar da Eucaristia à Vida, da "Missa à Missão". A Eucaristia não é apenas rito celebrativo. Compromete a vida. É Missão."Para tal missão, a Eucaristia oferece, não apenas a força interior, mas também, em determina
do sentido, o projecto. Na realidade, aquela é um modo de ser que passsa de Jesus para o cristão e, através do seu testemunho, tende a irradiar-se na sociedade e na cultura" (João Paulo II, Mane Nobiscum Domine, 2004, nº 25).

Quem participa na Eucaristia torna-se com Jesus e como Jesus, pão partido e repartido, ao serviço dos irmãos.
Participando na Eucaristia, somos envolvidos no amor oblativo de Jesus. «Vivamos, então a Quaresma, como tempo "eucarístico", em que, acolhendo o amor de Jesus, aprendamos a difundi-lo à nossa volta com gestos e palavras» - recomenda-nos O Papa.
Participando na Eucaristia, somos envolvidos no amor oblativo de Jesus. «Vivamos, então a Quaresma, como tempo "eucarístico", em que, acolhendo o amor de Jesus, aprendamos a difundi-lo à nossa volta com gestos e palavras» - recomenda-nos O Papa.
+ António, Bispo de Angra
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=43102