"A Ressurreição, uma verdade difícil"

Esta é a principal verdade do cristianismo. Contudo, frequentemente levantam-se diversas dúvidas e que já vêm desde os primórdios do cristianismo, com o apóstolo Tomé (Jo. 20-25) ou com os habitantes de Atenas quando ouviram pela primeira vez a pregação do apóstolo Paulo (Act. 17,32). As primeiras testemunhas que viram o Senhor Ressuscitado não tiveram crédito perante os discípulos (Lc. 24, 21-23). É que ninguém viu Jesus no momento de ressuscitar. Encontraram-se com Ele depois de ter ressuscitado. Como realidade de fé, a Ressurreição não se pode provar. Apenas se pode acreditar, adere-se pela fé e "Felizes os que acreditam sem terem visto" (Jo. 20, 29).
Contudo, existem sinais sérios que fundamentam a nossa fé na Ressurreição de Jesus Cristo e que assentam no grande número de testemunhos dos discípulos, narrados nos evangelhos: Maria Madalena, Pedro e João, os onze apóstolos, os dois discípulos de Emaús, etc. Aliás, a Ressurreição de Jesus é o centro da pregação dos apóstolos, o ponto de partida para a fé, a realidade onde encontram sentido para os vários episódios da vida de Jesus.

E no século XXI como é encarada a Ressurreição? Infelizmente, hoje nem sempre a Ressurreição ocupa este lugar central na vida dos crentes. Muitas vezes é uma crença vaga, sem grandes consequências na vida real. Não nos podemos esquecer que começa em cada um de nós a consciencialização da importância fundamental da Ressurreição na vida cristã e descobrir as suas influências para a nossa vida quotidiana.
(Adaptado de PELINO, Manuel - Esta é a nossa fé. Catequese para o Povo de Deus. Lisboa: SNEC, s/d)