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Blogue da Paróquia do Santíssimo Sacramento

Blogue da Paróquia do Santíssimo Sacramento

"A Ressurreição, uma verdade difícil"

10.04.07 | ssacramento
A imagem habitual de Jesus é a do Crucificado. Ninguém duvida do facto histórico que foi a morte de Jesus. Porém, a memória do Crucificado não teria permanecido para sempre se nada mais houvesse depois da Sua morte. Ter-se-ia perdido no esquecimento como o caso de muitos outros homens que morreram nas mesmas condições. Assim, este acontecimento continua presente e actual, porque Jesus não terminou na morte, mas ressuscitou e está vivo para sempre.

Esta é a principal verdade do cristianismo. Contudo, frequentemente levantam-se diversas dúvidas e que já vêm desde os primórdios do cristianismo, com o apóstolo Tomé (Jo. 20-25) ou com os habitantes de Atenas quando ouviram pela primeira vez a pregação do apóstolo Paulo (Act. 17,32). As primeiras testemunhas que viram o Senhor Ressuscitado não tiveram crédito perante os discípulos (Lc. 24, 21-23). É que ninguém viu Jesus no momento de ressuscitar. Encontraram-se com Ele depois de ter ressuscitado. Como realidade de fé, a Ressurreição não se pode provar. Apenas se pode acreditar, adere-se pela fé e "Felizes os que acreditam sem terem visto" (Jo. 20, 29).

Contudo, existem sinais sérios que fundamentam a nossa fé na Ressurreição de Jesus Cristo e que assentam no grande número de testemunhos dos discípulos, narrados nos evangelhos: Maria Madalena, Pedro e João, os onze apóstolos, os dois discípulos de Emaús, etc. Aliás, a Ressurreição de Jesus é o centro da pregação dos apóstolos, o ponto de partida para a fé, a realidade onde encontram sentido para os vários episódios da vida de Jesus.

Os apóstolos não têm medo de anunciar uma questão difícil para os seus ouvintes - Cristo crucificado e ressuscitado -, quando teria sido mais fácil pregar apenas o evangelho de Jesus, dar continuidade ao Seu anúncio do Reino de Deus. Analisando a situação dos discípulos verifica-se uma profunda transformação nas suas acções. Com a morte de Jesus aparecem-nos desanimados, regressam tristes a sua casa (Lc. 24, 13-35), como se a morte fosse o fim e constituísse o fracasso da Sua missão. Só quando algo inesperado lhes acontece - a Ressurreição de Cristo - é que os leva a reunir novamente e a ir pelo mundo inteiro, cheios de força e alegria, anunciar Cristo vencedor da morte e oferecendo a salvação a todos os homens. Estes homens simples e rudes, que anteriormente eram interesseiros, cobardes, medrosos, suportam então com coragem as perseguições, dando a vida pela fé. Deste modo, a Ressurreição produz frutos nos discípulos, transforma-os.

E no século XXI como é encarada a Ressurreição? Infelizmente, hoje nem sempre a Ressurreição ocupa este lugar central na vida dos crentes. Muitas vezes é uma crença vaga, sem grandes consequências na vida real. Não nos podemos esquecer que começa em cada um de nós a consciencialização da importância fundamental da Ressurreição na vida cristã e descobrir as suas influências para a nossa vida quotidiana.


(Adaptado de PELINO, Manuel - Esta é a nossa fé. Catequese para o Povo de Deus. Lisboa: SNEC, s/d)

"Um bispo que vai fazer a diferença"

09.04.07 | ssacramento

"D. Manuel Clemente, responde às nossas provocações. (...) Um bispo que vai fazer a diferença" - com estas palavras a "Notícias Magazine" de ontem introduzia uma entrevista ao novo Bispo do Porto. E continuava: "Um homem de uma inteligência reconhecida, de uma sensibilidade imensa, que soma a essas qualidades um sentido de humor imbatível". Licenciado em História, doutorado em Teologia, foi ordenado padre aos 31 anos, tendo nascido "em Torres Vedras a 16 de Julho de 1948, filho de pais católicos, sobrinho-neto dum padre franciscano, que o baptizou".

Várias foram as questões apresentadas:

"Hoje é Domingo de Páscoa. O que representa para si, no século XXI, a Ressurreição de Jesus Cristo?
O mesmo que para os primeiros que a experimentaram, a vitória da vida sobre a morte, o verdadeiro fim (finalidade) do mundo, que agora é preciso anunciar e apressar, em cada circunstância concreta. Foi-nos confiado o essencial: que a morte está vencida, em Cristo; e como é que ela se vence, no seu Espírito.
(...)
A diocese do Porto é considerada "poderosa". Muito marcada pelo exemplo de convicção e coragem de D. António Ferreira Gomes e porque no Porto, historicamente, é o bispo o príncipe da cidade: os reis portugueses por respeito à Igreja nunca tiveram sequer um paço real no Porto. Como pode hoje um bispo honrar esta memória?
O Porto contou com grandes figuras no seu episcopado, em várias épocas. D. António Ferreira Gomes tem certamente um lugar cimeiro, pela envergadura cultural, moral e cívica. Outros aplicaram-se incessantemente a muitos aspectos da vida pastoral apoiando comunidades e alentando os fiéis. De um modo ou de outro, todos serviram a diocese e a vida em geral, na pregação, no culto e na caridade. O ministério episcopal concretiza-se nas circunstâncias de cada tempo e situação, no mesmo espírito e articulado com o conjunto da Igreja diocesana, os seus padres e diáconos, os seus religiosos e consagrados, os seus leigos e associações. São muitas pessoas e grande a boa vontade. Se "poder" significa influência no meio, esta há-de ser alguma, certamente.
(...)
Na diocese do Porto o que vai fazer(...)? Muito resumidamente, quais vão ser as suas três primeiras medidas?
Quando saudei a diocese disse que o meu programa era conhecê-la, amá-la e servi-la. Conhecê-la, porque é uma realidade muito vasta e densa, em população, instituições e iniciativas. Amá-la, porque a vida da Igreja inclui um grande envolvimento pessoal, efectivo e afectivo. Servi-la, no específico do ministério episcopal, que está no centro de tudo para ligar e potenciar ao máximo o que vai surgindo em termos de evangelização e projecção positiva na sociedade.
Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa em Janeiro de 2000. É certamente uma honra, mas não é também uma prisão? Não sente que ser um alto representante da Igreja lhe tira um bocadinho a liberdade de dizer abertamente o que pensa?
Ser bispo é fazer parte dum "colégio" de bispos de todo o mundo, unido ao bispo de Roma, como os apóstolos o estavam com Pedro. Por isso, e para servir a unidade dos crentes no seu conjunto, harmonizamos posições e enquadramo-las numa tradição bimilenar. Nunca me sinto coagido por isso, antes mais responsabilizado no que digo e faço. Entre nós, bispos portugueses, a conversa é franca, leal e aberta."

Ao longo da entrevista, vários foram os assuntos abordados e diversas as palavras proferidas. Assim, sobre:
 * o Código da Vinci e a teoria da conspiração - "Interessante é que, mesmo por via da suspeita ou da contrafacção, a pessoa de Jesus não deixa de atrair..."
 * a crise da família: "As condições económicas, habitacionais, educativas, etc., comprometem, muitas vezes seriamente, a constituição e a vida das famílias, bem como a formação dos filhos ou o acompanhamento dos idosos. Faltam-lhe apoios sociais, materiais e também culturais"
* o sexo: "Importa que o sexo não seja coisificado e se entenda a sexualidade como uma dimensão humana".

Para terminar, "No fundo, quando não há conversão restam a curiosidade e distracção".

Domingo de Páscoa

08.04.07 | ssacramento

"Como Maria Madalena aos Apóstolos, também eu venho anunciar-vos hoje:

JESUS ESTÁ VIVO! RESSUSCITOU! ALELUIA!

É Páscoa, o Dia da Nova Criação. Fomos re-criados. De novo peregrinos do Eterno. A morte foi vencida pela vida. Estamos salvos!

A Casa do Pai foi-nos aberta, escancarada, pelo Filho de Deus que aceitou "pagar" a nossa dívida e fazer-nos sentar à sua mesa. Serve-nos iguarias de imortalidade e vida eterna. Vivemos na luz. As trevas dissiparam-se.

A Comunidade Paroquial nasce do Coração de Cristo, na força do Espírito e é chamada a viver e a testemunhar o Dia do Senhor.

Vamos, hoje, por todas as ruas desta Paróquia do Santíssimo Sacramento, que é o Ressuscitado, levar a boa notícia da Ressurreição.

A Cruz da Vitória vai abençoar todos os paroquianos e entrar em suas casas para aí deixar ânimo, alegria, paz, esperança.

Vamos cantar ALELUIA. Vamos dizer a todo o mundo que JESUS CRISTO É O SENHOR E SALVADOR. A Luz de Cristo ilumina o mundo inteiro.

Desejo, eu e todos os sacerdotes que colaboram nesta Paróquia, uma SANTA E FELIZ PÁSCOA.

O Pároco"


(Folha Pão e Vida, nº 406 - http://paoevida.blogspot.com)





Sobre o "Compasso na Páscoa" ler
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=44775&seccaoid=3&tipoid=116

Semana Santa - Sábado

07.04.07 | ssacramento









"O Sábado Santo é dia de silêncio. Não um silêncio qualquer. É o tempo sagrado de recolhimento para aprofundar e contemplar o mistério do amor de Jesus. É a oportunidade de avaliarmos o vazio da lógica do mundo, que tantas vezes adoptamos. O Sábado Santo é o espaço de tempo em que experimentamos este vazio dentro de nós e que deve ser avaliado. Permitir-nos-á dar conta que afinal o nosso coração está vazio do amor de Deus. Mas o experimentar deste vazio não é para nos deixarmos cair no desânimo. Pelo contrário, é para enchermos de esperança a nossa vida. Este silêncio é expectativa. Faz-nos lembrar o silêncio da semente lançada à terra. Ali fica no prodigioso mistério da vida, nas entranhas da terra, até que irrompe em força, germina, cresce, dá frutos.

No entanto, o Sábado Santo não é um dia vazio em que "não acontece nada". O silêncio deste dia, de aprofundamento e contemplação do amor de Jesus, encerra uma lição: Jesus está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos para vencer a morte e restituir todos os homens à Vida. Cada baptizado e todos os baptizados não podem abster-se desta contemplação. Em silêncio. Não há lugar para mais nada. Apenas a expectativa nocturna da Ressurreição. Maria, a Mãe, assim esteve: calada, expectante.

A Morte de Jesus é o penhor da nossa Criação. A sua passagem pelo túmulo, o seu “repouso” é o sinal do “repouso” de todos os fiéis que foram baptizados na sua Morte e Ressurreição.

A Vigília Pascal é o tempo da espera pelo Esposo. Todos devem ter acesas as lâmpadas como os que aguardam o seu Senhor, para que, ao chegar, os encontre vigilantes e os faça sentar à sua mesa.

Sem este silêncio contemplativo do amor de Jesus, talvez não consigamos entender o Mistério Pascal. Na Páscoa nasce o novo Povo de Deus, resgatado da escravidão do pecado e da morte. Os baptizados, membros deste Povo Novo, cheios da Vida Nova saída da “noite mais clara do que o dia”, empreendem o “novo êxodo”, rumo à Páscoa definitiva."

(http://www.7arte.net/cgi-bin/VP/editorwww/ler_outras.pl?diranter435)










Semana Santa - Sexta-feira

06.04.07 | ssacramento












"A Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor é constituída por uma liturgia austera e sóbria. (...) Os paramentos são vermelhos e a liturgia desenvolve-se em três momentos – a liturgia da Palavra, com a leitura do IV cântico do poema do Servo de Deus (Is. 52, 13), a carta aos Hebreus com a passagem do Sumo Sacerdote «causa de salvação para os que lhe obedecem» (Heb. 4, 14), e a Paixão segundo São João, o teólogo místico que vê na cruz a exaltação de Cristo. Às leituras segue-se a oração universal; - a adoração da cruz com a antífona de origem bizantina «adoramos Senhor a vossa cruz… pelo madeiro veio a alegria a todo o mundo» e os impropérios nos quais Jesus reprova a ingratidão do seu povo; - a comunhão com o Pão eucarístico consagrado na tarde de quinta feira santa. A piedade popular gosta de participar na procissão do Enterro do Senhor e comove-se com a presença da Senhora da Soledade acompanhando o seu Filho morto.

A sexta feira é um dia de intenso luto e dor mas iluminado pela esperança cristã. A devoção à Paixão do Senhor está fortemente arreigada na piedade cristã. A peregrina Eteria, ao descrever as cerimónias em Jerusalém, por volta do ano 400, diz: «dificilmente podeis acreditar que toda a gente, velhos e jovens, chorem durante essas três horas, pensando no muito que o Senhor sofreu por nós»."

(http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=44639&seccaoid=9&tipoid=127)






A cruz é um dos símbolos mais antigos e universais em todas as civilizações e encontra-se relacionada com os símbolos do círculo, que ela divide em quatro partes, do quadrado, que é feito pelas quatro pontas da cruz, e do centro, de onde partem as suas quatro partes.


A cruz tem quatro partes ou pontas, relacionando-a com o simbolismo do número quatro, o número da totalidade: o seu traço horizontal evoca a totalidade espacial e cósmica dos quatro ventos ou quatro pontos cardeais, das quatro fases da Lua e das quatro estações do ano; o seu traço vertical representa a ligação entre o céu e a terra. Logo, a cruz é a síntese e a medida do universo: nela se encontram o céu e a terra, nela se resume a totalidade do universo. Por outro lado, o cruzamento ou junção das duas linhas é vista como o centro do mundo novo inaugurado por Jesus. Assim, em Jo. 19, 34, Jesus é-nos apresentado na cruz com sangue e água (dois símbolos da vida) a saírem-lhe do lado, sendo uma releitura de Ez. 47, 1-12, ou seja, o mundo novo começa como uma fonte de água pura, que sai de um novo templo. (Adaptado da Revista Bíblica, nº 248)





As meditações da Via Crucis, que o Papa Bento XVI presidirá hoje à noite no Coliseu de Roma, estão disponíveis em
 http://www.vatican.va/news_services/liturgy/2007/documents/ns_lit_doc_20070406_via-crucis-present_po.html
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/2007/documents/ns_lit_doc_20070406_via-crucis_po.html.




Na nossa Paróquia:










Semana Santa - Quinta-feira

05.04.07 | ssacramento











"A devoção da Semana Santa nasceu da piedade dos primeiros cristãos de Jerusalém, onde Jesus sofreu a sua paixão. Por isso, desde os primeiros séculos, Jerusalém tornou-se lugar de peregrinações para os cristãos que gostavam de visitar os lugares da paixão. Nós participamos nos mistérios de Cristo não apenas com o sentimento ou imaginação, mas antes de tudo com a fé.

O tríduo pascal começa com a missa vespertina da ceia do Senhor, em quinta feira santa, alcança o seu apogeu na vigília pascal e termina com as vésperas do domingo de Páscoa. Todo este espaço de tempo forma uma unidade que inclui os sofrimentos e a glória da ressurreição. O bispo de Milão, Santo Ambrósio, refere nos seus escritos os «três santos dias» e o bispo de Hipona, Santo Agostinho, nas suas cartas chama-os «os três sacratíssimos dias da Crucifixão, sepultura e ressurreição de Cristo».

A Quinta Feira Santa está marcada pela instituição da Escritura, «verdadeiro sacrifício vespertino» (cf. 141, 2). O ritual proíbe a celebração da eucaristia sem fiéis e recomenda a concelebração, que confere à cerimónia litúrgica uma nota de eclesialidade eucarística e de unidade entre eucaristia e sacerdócio. A cerimónia sugestiva e humilde do Lava-Pés orienta-se também para a Eucaristia.

Os textos litúrgicos mostram a entrega de Jesus Cristo para a salvação da humanidade. Jesus celebra a Páscoa judia mas oferece o seu corpo e sangue em lugar do cordeiro imolado no Templo, para selar a Nova Aliança. O Lava-Pés é sinal do «amor até ao fim» (Jo. 13, 1). A transladação solene do Santíssimo Sacramento, é um sinal de continuidade entre o sacrifício e a adoração da presença sacramental." (Teodoro de Faria, Bispo do Funchal)


http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=44639&seccaoid=9&tipoid=127








Semana Santa - Quarta-feira

04.04.07 | ssacramento










Na Audiência de hoje, o Papa Bento XVI salientou alguns aspectos do Tríduo Pascal "que se inicia amanhã, Quinta-Feira Santa, com a Missa Vespertina da Ceia do Senhor. "A Igreja, recordando a Última Ceia, contempla e celebra a instituição do sacerdócio ministerial e da Eucaristia, bem como o mandamento novo do Amor".

"Com a Eucaristia, Cristo antecipa o sacrifício da sua vida, dom definitivo de si mesmo a toda a humanidade. Com o lava-pés, o Mestre deixou aos seus discípulos, como marca distintiva, o amor que vai até à morte", acrescentou.

Sobre a Sexta-Feira Santa, Bento XVI disse tratar-se de "um dia de penitência, jejum e oração" em que se assinala a Paixão de Jesus. "Para viver mais de perto este mistério de Salvação, em muitos lugares celebra-se o exercício da Via Sacra, a que somos convidados a participar", referiu.

"No Sábado Santo, dia de recolhimento e oração, acompanhemos a Virgem Maria na sua firme esperança na ressurreição do seu Filho", prosseguiu.

Da Vigília Pascal, o Papa destacou "o grito de vitória: Crito ressuscitou e venceu para sempre a morte". "Experimentamos assim que a Igreja está sempre viva, é formosa e santa, porque está fundada em Cristo ressuscitado", precisou."

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=44774&seccaoid=4&tipoid=217











































Semana Santa - Terça-feira

03.04.07 | ssacramento










Para reflectir - da homília de Domingo de Ramos do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente:

"(...)
Irmãos e irmãs que me escutais, nas mais diversas e por vezes difíceis condições da vida presente de cada um, exactamente aonde a paixão de Cristo quer incidir agora, em verdade e caridade perenes: deixai-vos acompanhar por Aquele que tomou para si a nossa humanidade, para a renovar e preencher com a sua divindade. Os passos de Jesus, enquanto despojamento seu e caminho nosso, continuam agora nas vossas próprias existências, que poderão ter ramos e palmas, mas certamente encontram provações e espinhos.

É um caminho que se abre – pois Ele é o caminho! – e um caminho de glória, de que fazemos Eucaristia e louvor a Deus. Resumiu-o a oração colecta, em que pedíamos a Deus que, para dar aos homens um exemplo de humildade, quis que o nosso Salvador se fizesse homem e padecesse o suplício da cruz, nos leve a seguir os ensinamentos da sua paixão, para merecermos tomar parte na glória da ressurreição. E nisto mesmo se encerra toda a celebração da Semana Maior em que entrámos, para dela sairmos mais ressuscitados, para Deus e para o mundo. (...)

A Paixão de Jesus elucida-nos sobre Ele e sobre nós. Porque só no acolhimento da vontade de Deus nos salvamos e ajudamos à salvação dos outros; porque a tribulação que tal nos traga inclui a consolação divina; porque a tristeza ou a decepção que nos advenham nos podem entorpecer e alienar; e porque a vitória definitiva sobre a grande tentação de desistirmos de Deus, dos outros e até do melhor de nós mesmos vence-se com Cristo, despertos, orantes e disponíveis."

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=44630&seccaoid=9&tipoid=4






Hoje, Terça-Feira Santa, somos convidados mais uma vez a meditarmos na Paixão de Jesus Cristo, participando na Via Sacra Pública.

Com início às 21,30 horas, partirá da Rua D. Manuel II, junto à entrada principal do Palácio, seguindo pelas ruas de Vilar, Abade Baçal, Arcediago Van-Zeller, terminando na Igreja do Sagrado Coração de Jesus do Seminário de Vilar.

Semana Santa - Segunda-feira

02.04.07 | ssacramento










Dois anos passaram desde a morte do Papa João Paulo II. Nesta Semana Santa e no dia em que se concluiu a fase diocesana do seu processo de beatificação, fazendo eco das palavras do Papa Bento XVI, a vida e sofrimento do Papa Wojtyla são exemplos a seguir, pois apesar do "lento mas implacável progredir da doença, que a pouco e pouco o despojou de tudo", a sua existência tornou-se "uma oferta a Cristo, anúncio vivo da sua paixão, na esperança plena de fé na ressurreição".

Assim, hoje quero destacar:
  • o seu testamento de Março de 1979 e sucessivos acrescentos... "Não deixo atrás de mim nenhuma propriedade da qual seja necessário dispor. Quanto às coisas de uso quotidiano de que me sirvo, peço que sejam distribuídas como parecer oportuno. As notas pessoais sejam queimadas." (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=17655)
  • uma notícia... " Milhares de fiéis assistiram hoje, na Basílica romana de São João de Latrão, ao final da fase diocesana do processo de beatificação de João Paulo II, encerrada em tempo recorde.

    Entre os presentes estava a religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que se diz curada da Doença de Parkinson graças à intercessão do falecido Papa, acompanhada por uma delegação da diocese francesa de Aix-en-Provence. A religiosa falou na passada sexta-feira aos jornalistas, garantindo que recuperou da doença de Parkinson depois de ter rezado a João Paulo II. "Eu estava doente e agora estou curada", disse. (...) O processo de canonização de João Paulo II teve início a 13 de Maio de 2005, depois de Bento XVI ter dispensado o prazo canónico de cinco anos para a promoção da causa."

  • a sua biografia... que pode ser consultada em http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=44634&seccaoid=4&tipoid=57

Domingo de Ramos

01.04.07 | ssacramento







Hoje comemora-se o Dia Mundial da Juventude e é, sem dúvida, um óptimo momento para todos nós, jovens e menos jovens, aceitarmos o convite de Cristo e restituirmos a juventude ao nosso coração, limpando-o de todas as nódoas que o enegrecem. Assim, neste início da Semana Santa, lembra-se novamente os horários e locais das confissões na 2ª Vigararia do Porto, incluindo a nossa Paróquia.





O Papa Bento XVI propôs como reflexão para esta Jornada Mundial da Juventude 2007 a palavra "Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei" (Jo 13, 34). Começa mesmo por lançar a questão "É possível amar?" e continua: "Cada pessoa sente o desejo de amar e ser amada. Mas como é difícil amar, quantos erros e falências devem verificar-se no amor! Há até quem chegue a duvidar que o amor seja possível. Mas se carências afectivas ou desilusões sentimentais podem levar a pensar que amar é uma utopia, um sonho irrealizável, talvez seja necessário resignar-se? Não! O amor é possível e a finalidade desta mensagem é contribuir para reavivar em cada um de vós, que sois o futuro e a esperança da humanidade, a confiança no amor verdadeiro, fiel e forte; um amor que gera paz e alegria; um amor que une as pessoas, fazendo-as sentir-se livres no respeito recíproco. Deixai então que eu percorra juntamente convosco um itinerário, em três momentos, na "descoberta" do amor. (...)

O primeiro momento refere-se à fonte do amor verdadeiro, que é única: é Deus. (...)

Como se nos manifesta o Deus-Amor? Estamos no segundo momento do nosso itinerário. Mesmo se já na criação são claros os sinais do amor divino, a revelação total do mistério íntimo de Deus verificou-se com a Encarnação, quando o próprio Deus se fez homem. Em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, conhecemos o amor em todo o seu alcance. (...)

Chegamos agora ao terceiro momento da nossa reflexão. Na cruz Cristo grita: "Tenho sede" (Jo 19, 28): revela assim uma sede ardente de amar e de ser amado por todos nós. Unicamente se conseguirmos compreender a profundeza e a intensidade deste mistério, nos apercebemos da necessidade e da urgência de o amar por nossa vez "como" Ele nos amou. Isto exige o compromisso de dar também, se for necessário, a própria vida pelos irmãos amparados pelo Seu amor. (...)"


Esta reflexão do Papa pode ser consultada em:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/youth/documents/hf_ben-xvi_mes_20070127_youth_po.html

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