O Rosário
11.10.07 | ssacramento
Cristina González Alba é professora de Direito, História e Ética na Universidade de Rio Grande, na Argentina, e autora do liro Orar com o Rosário.
Numa entrevista, Cristina González diferenciou orar de rezar. Para ela, o conceito orar abarca o de rezar. Começa-se por rezar e acaba-se a orar. Às vezes não gostamos muito da oração porque não sabemos dar esse passo. Rezar é a manifestação exterior do orar. Orar é a atitude interior do que reza. O que ora, reza, mas nem todo o que reza, ora.
Há quem considere que uma oração espontânea vale mais do que o Rosário, não se dando conta de que este é uma ferramenta fabulosa de criatividade e de espontaneidade. Até o melhor dos artistas necessita de matéria para criar. Só Deus cria do nada. Um escultor pode fazer uma figura de cerâmica maravilhosa, mas necessitou antes do barro. O Rosário seria esse barro. Podemos apenas rezá-lo e deixá-lo como está, mas podemos, através da arte da oração, convertê-lo numa figura de artesanato espiritual, isto é, de prece meditativa.
Assim, Cristina González propõe fazer da rotina do Rosário de cada dia uma novidade. Por exemplo, ler e recordar a passagem do Evangelho de cada mistério leva-a a tirar um ponto de luta e reflexão para esse dia. Então, o Rosário converteu-se no fio condutor da sua vida interior, possibilitando o crescimento espiritual.
(Revista Cruzada Ag./Set.2005)