A estrela de Belém era uma estrela nova?
04.12.07 | ssacramento

Quando os magos se apresentaram diante do velho déspota Herodes, este ficou enormemente perturbado, tendo reunido os sábios da corte e os recém-chegados para averiguar mais sobre aquela estrela e o tempo da sua aparição. Desde então, muitos astrónomos, eruditos, exegetas e cientistas, prosseguiram com as investigações iniciadas por Herodes, sendo propostas diversas teorias e opiniões que, até hoje, não conseguiram esclarecer o mistério.
Uma primeira hipótese que parece impor-se com naturalidade é que seria uma estrela nova. Certas estrelas, em determinados momentos da sua vida e durante alguns meses, adquirem uma tal intensidade que chegam a multiplicar 100.000 vezes a sua própria luz, parecendo o nascimento de uma nova estrela e daí o seu nome.
Já Hiparco de Rodes conta ter detectado uma estrela nova cerca de 134 a.C. e tal era o seu brilho que podia ver-se à luz do dia. Mas foi em 1572 que uns navegantes espanhóis avistaram uma estrela nova, que durante um mês brilhou tanto como Vénus até se extinguir. Com estes dados, no século XVIII, Goodrich formulou uma teoria, deduzindo que essa estrela se deixava ver cada trezentos anos e que seria essa estrela que surpreenderia os magos. Esta hipótese explicaria como eles podiam viajar durante o dia guiados pela estrela e o seu desaparecimento após alguns meses, o tempo suficiente para os conduzir desde o Oriente.
(artigo de Ariel Álvarez Valdés, in Revista Bíblica, Novembro-Dezembro 2007)