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Após a morte de Jesus, os seus discípulos, os 12 apóstolos e as mulheres que acompanhavam Cristo, fugiram ou esconderam-se. Porém, o Espírito Santo fez-lhes ver que Jesus era Deus e que Ele estava vivo. E aqueles homens e mulheres foram testemunhas audazes. Reuniam-se cada semana para ler e rezar as Escrituras; anunciavam o Evangelho, celebravam a Eucaristia; eram solidários com os mais pobres; e baptizavam os que aderiam à Boa-Nova de Jesus.
Naqueles primeiros tempos da Igreja havia uma única festa cristã: a Páscoa, que celebrava a ressurreição de Jesus, a Sua ascensão ao Céu e o envio do Espírito Santo. Celebrava-se uma vez por semana, no primeiro dia, a que os cristãos chamaram domingo, isto é, «Dia do Senhor», e, de modo mais solene, uma vez por ano, no domingo a seguir à primeira lua cheia da Primavera.
Só na primeira metade do século iv a Igreja estabeleceu um período de preparação para a Páscoa: a Quaresma. E na segunda metade deste mesmo século surgiu o ciclo do Natal. Tinha um certo paralelismo com o ciclo pascal. O Natal tinha um tempo de preparação de quatro semanas, a que chamaram Advento (deriva o latim Adventus, e significa «vinda, chegada»), e um tempo posterior, a Epifania (do grego epiphneía, cujo significado é manifestação), de duas semanas.
No século v, a Igreja já tinha um calendário para o ano litúrgico como o conhecemos hoje: além do Advento e Natal, da Quaresma e Páscoa, surgiu o Tempo Comum, que ocupa as restantes 33 ou 34 semanas do ano. Neste tempo a Igreja celebra a vida quotidiana de Jesus e faz memória dos santos.
O ano litúrgico 2007-2008 começou no dia 2 de Dezembro, o primeiro domingo do Advento.
A comemoração da Páscoa é móvel e pode ocorrer entre 23 de Março e 24 de Abril. As cores da Quaresma e da Páscoa voltam a ser o roxo e o branco. A excepção é a Sexta-Feira Santa e o Pentecostes, em que as vestes são vermelhas, símbolo do sangue mártir e do fogo.
Depois do Pentecostes retoma-se o Tempo Comum. Seguem-se 28 semanas. A solenidade de Cristo-Rei, a 23 de Novembro de 2008, encerra o calendário da Igreja. Neste tempo os paramentos são verdes, como sinal de esperança e da vida a crescer.
Dia a dia, a Igreja medita textos retirados da Bíblia. Nos dias da semana há dois ciclos: um para anos pares e outro para os ímpares. Para os domingos existem três ciclos. No A proclama-se o Evangelho de S. Mateus; o B é dedicado a S. Marcos, e no C lê-se sobretudo