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Blogue da Paróquia do Santíssimo Sacramento

Blogue da Paróquia do Santíssimo Sacramento

Morto

21.03.08 | ssacramento
Ao fim de 3 horas de indizíveis tormentos, "Jesus tomou o vinagre que lhe apresentaram e disse: Tudo está cumprido. Depois, baixou a cabeça e entregou o espírito".


Precisamente neste momento morrem pessoas no mundo. Talvez algumas pudessem continuar vivas se fôssemos um pouco mais humanos.... mais cristãos. Todos somos culpados, em maior ou menor escala, pelos flagelos da guerra e da fome. E quantos morrem sem Deus, sem um "Senhor, lembra-te de mim quando chegares ao teu reino!", porque não temos alma missionária.

(Óleo s/  tela de Samson Flexor, Cristo na Cruz)

Senhor Jesus, pedimos-te por todos os que estão a morrer, por todos os que morreram hoje. Sê misericordioso para com todos. Perdoa os seus pecados. E a nós, abre-nos os olhos da alma, para nos tornarmos autenticamente cristãos, disponíveis para acolhermos os outros. Convence-nos de que quanto mais ajudarmos os outros a levar a sua cruz menos pesada se torna a nossa.


(SANTOS, P. Januário - Nos Passos de Jesus. Cucujães: Editorial Missões, s.d.; imagem disponível em http://www.macvirtual.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo3/atelierabs/flexor/obra.html)

Houve cataclismos no dia em que Jesus morreu?

20.03.08 | ssacramento
Os profetas do Antigo Testamento apresentaram cinco sinais que serviriam para indicar a chegada do "dia de Javé".  Tal como no Evangelho de S. Mateus, com os cinco prodígios ocorridos no dia em que Jesus morreu (trevas ao meio-dia, a terra tremeu, as rochas fenderam-se, os túmulos abriram-se e os santos ressuscitaram), no Antigo Testamento utilizou-se uma linguagem simbólica, em que a natureza é apresentada de uma forma figurada, para dar a entender que haveria mudanças na história. Então, qual o significado do tremor de terra ou das rochas que partiram aquando da morte de Cristo, já que não há provas científicas de que tivesse havido um tremor de terra na época de Jesus? Ou, como entender que os santos ressuscitaram nessa sexta-feira?

Uns anos depois do profeta Amós, surgiu Isaías, um outro profeta que também viveu uma época difícil do reino de Judá e durante muito tempo alertou a classe governante para o orgulho, sensualidade, crueldade e falta de solidariedade. Cerca de 740 a.C. proclamou a chegada do "dia de Javé", no qual Deus purificaria a nação de todos os seus pecados e crimes (Is 2,6-22) e, tal como Amós, deu uma indicação sobre a chegada desse dia: "Deus levantar-se-á e fará tremer a terra".

Mais tarde, em finais do século VI a.C., o povo de Israel foi levado cativo para a Babilónia e durante 50 anos manteve-se desterrado. Nessa época de abatimento e desânimo, Deus escolheu Ezequiel para anunciar a chegada de uma nova era para todo o mundo, em que a natureza se renovaria (Ez 36,8), o território voltaria à sua antiga vida (Ez 36,10-11) e haveria uma mudança interior (36,26). Como o povo não se encontrava em situação de escutar estas promessas, Ezequiel fez um anúncio impressionante da chegada do dia de Javé: "Assim fala o Senhor Deus: Eis que abrirei as vossas sepulturas e vos farei sair delas, meu povo, e vos reconduzirei à terra de Israel" (Ez 37,12). Trata-se, certamente de uma metáfora, um anúncio simbólico do regresso dos prisioneiros à sua pátria, mas que ficou gravado na consciência dos hebreus.

Após o exílio, quando regressaram à pátria, começaram as contendas entre os que voltaram do cativeiro da Babilónia e os que nunca tinham partido. Cerca de 300 a.C., surgiu um novo profeta anónimo na Palestina, a quem os estudiosos chamaram Dêutero-Zacarias (Dêutero = segundo), porque a sua pregação foi incorporada no fim do livro de Zacarias (cap.9-12). Este profeta falou da necessidade de purificar o coração e, numa das suas últimas pregações (Zc 14,1-21), referiu-se ao "dia de Javé", em que Deus entraria triunfante na cidade de Jerusalém como um guerreiro, salvando o seu povo das injustiças e perseguições e, quando isso acontecesse, as pedras partir-se-iam, sobretudo as pedras do Monte das Oliveiras (Zc 14,4).

Faltava o 5º e último sinal, que é dado pelo livro de Daniel, escrito cerca de 167 a.C., em mais um momento doloroso para os judeus, quando o rei da Síria, Antíoco Epifânio desencadeara uma sangrenta perseguição. Então, um escritor judeu, com o pseudónimo de Daniel escreveu um livro para apoiar a fé do povo, referindo que Deus já havia fixado o fim da perseguição (8,17), o rei inimigo será exterminado (8,25) e virá o fim dos tempos (11,40) sem infelicidades nem sofrimentos. Daniel dá um sinal sobre aqueles "santos" que morreram dolorosamente na perseguição do rei sírio e "muitos dos que dormem no pó da terra acordarão" (12,2). Era a primeira vez em toda a Bíblia que se anunciava a ressurreição dos mortos.

Concluindo, Mateus, como bom judeu que era, conhecia desde a sua infância as simbólicas profecias de fenómenos estranhos e, ao usá-las, os seus leitores interpretariam a morte do Senhor como o início do fim dos tempos. Só um judeu poderia entender esta linguagem de tremores de terra, escuridão e corpos que ressuscitam, daí ser Mateus o único dos evangelistas que conta tais fenómenos, pois escreve para um público judeu, contrariamente aos outros três evangelistas que se dirigem para um público mais amplo (estes apenas referem a escuridão).

Segundo Mateus, a nova era final e definitiva começou com a morte de Jesus, uma era que fora preanunciada através dos séculos por muitos profetas e registada na Bíblia. Com ela, o poder do mal ficava derrotado e o Reino de Deus impunha-se lentamente no mundo.


(artigo de Ariel Álvarez Valdés, in Revista Bíblica, Março/Abril 2008)

Dia do Pai

19.03.08 | ssacramento

Hoje é dia de S. José, o dia do Pai. Ser Pai é um dom. Deus pode conceder-nos dádivas, mas o mérito de as acolher, conservar e alimentar tem de ser nosso. Haverá quem diga:


Pai, devo-te tudo. Muitas vezes apeteceu-me pedir-te desculpa por te zangar enquanto me educavas; muitas vezes tive vontade de pedir perdão pelas asneiras que fui fazendo ao longo dos anos e que sabia que te magoavam e decepcionavam. Muitas vezes tive vontade de te abraçar e chorar no teu ombro, quando tinha medo da vida; muitas vezes tive vontade de abrir o meu coração e dizer quanto te amava e o orgulho que tinha em te ter como pai... Mas nunca consegui.


Podíamos continuar. Neste dia, é bom pensarmos nas palavras, termos cuidado com elas e com os mínimos gestos que ficam por dizer e fazer.

Hoje é dia do Pai. Ser Pai é um dom. Mas os dons responsabilizam-nos...

As trevas ao meio-dia

18.03.08 | ssacramento
Segundo a Bíblia, na longínqua sexta-feira de Abril do ano 30, a que os cristãos chamam Sexta-feira Santa, sucederam coisas estranhas. Pôncio Pilatos, governador da Judeia, autorizara a morte de Jesus, a pretexto de uma tríplice acusação política: ser um agitador social, incitar o povo a não pagar os impostos ao Imperador e ter-se auto-proclamado rei (Lc 23,2).

Por volta das 9 horas da manhã (Mc 15,25) um pelotão de soldados romanos saiu do palácio do governador até uma colina próxima, para executar a sentença, morte por crucifixão, um castigo comum na época. O evangelista Mateus refere que, no dia em que Jesus morreu, sucederam-se cinco prodígios:
  • houve trevas ao meio-dia (Mt 27,45);
  • a terra tremeu;
  • as rochas fenderam-se;
  • os túmulos abriram-se;
  • os corpos de santos falecidos ressuscitaram e apareceram a muitos (Mt 27,51-53).
Foram dadas várias explicações para estes fenómenos extraordinários. Vejamos o caso das trevas ao meio-dia. Para alguns, estas trevas seriam causadas por um eclipse do sol, porém os astrónomos defendem que é impossível produzir-se um eclipse solar na época de lua cheia e Jesus terá morrido nas vésperas da lua cheia, quando os judeus celebravam a Páscoa. Outros justificam o eclipse como sendo acção milagrosa de Deus, mas Mateus escreve que o fenómeno atingiu "toda a terra" e o resto do mundo não viu tal escuridão na referida data. Então, que justificação encontrar para esta descrição do evangelista?

Mateus ao escrever os cinco fenómenos que acompanharam a paixão de Cristo, não pretendeu relatar factos realmente sucedidos.
Trata-se de um relato simbólico, que não pode ser interpretado literalmente. Tinha como objectivo afirmar uma verdade teológica, usando imagens tomadas dos profetas do Antigo Testamento. Retomemos o caso das trevas ao meio-dia.

Uns 750 anos antes do nascimento de Cristo, um camponês chamado Amós apresentou-se na cidade de Samaria, capital do reino de Israel. Vinha profetizar, pois os pecados dos seus habitantes eram gravíssimos, havendo grandes contrastes e injustiças entre ricos e pobres. Nesta situação de corrupção religiosa e desigualdades sociais, Amós anuncia que Deus está a preparar uma intervenção grandiosa no mundo, projectando um "dia" em que actuará sobre a terra para acabar com a injustiça e perversão. E para que se pudesse reconhecer a chegada desse momento, deixaria um sinal: "(...) farei com que o Sol se ponha ao meio-dia, e em pleno dia cobrirei a terra de trevas."  (Am 8,9). Deste modo, as pessoas ficaram a aguardar a chegada desse novo amanhecer, em que Deus livraria todo o povo da sua dor e injustiças, memorizando o sinal e desejando esse escurecimento, que passou a chamá-lo "o dia de Javé".


(artigo de Ariel Álvarez Valdés, in Revista Bíblica Março/Abril 2008)

Completamente fechados

17.03.08 | ssacramento
Há dias em que se têm os ouvidos fechados, encerrados como estamos na nossa cólera. Recusamo-nos a escutar os outros. Está tudo fechado, aferrolhado. É o inferno, o isolamento. Não passa nada daquilo que vem de fora: nem pacificação, nem sabedoria. No fundo do coração conserva-se a revolta.

Nesses momentos, não nos resta senão Tu.
Tu, Senhor, para nos comover.
Tu, para quebrar a pedra dura do nosso coração.
Tu para nos abrir às palavras de perdão.
Toma, recebe a minha revolta, Senhor,
faz o que desejares, que não posso mais.

Amanhã com a cruz,
plantarás a loucura do perdão e do amor.



(ARNOLD, François - Caminhos de Páscoa.Porto: Edições Salesianas, 1993)

Dia Mundial da Juventude

16.03.08 | ssacramento
Hoje, domingo de Ramos, é o Dia Mundial da Juventude. O Papa Bento XVI, na sua mensagem para a XXIII Jornada Mundial da Juventude, refere que:
  • O fio condutor da preparação espiritual para o encontro de Sydney é o Espírito Santo e a missão é procurar descobri-lo, mais profundamente, como Espírito de amor, de fortaleza e testemunho, que nos dá a coragem de viver o Evangelho e a audácia para o proclamar.
  • É fundamental que cada jovem, na comunidade e com os educadores, possa reflectir sobre este Protagonista da história da salvação, que é o Espírito Santo ou Espírito de Jesus, para reconhecer a verdadeira identidade do Espírito, ouvindo a Palavra de Deus na Revelação da Bíblia; tomar uma consciência límpida da sua presença contínua e activa na vida da Igreja, graças aos sacramentos da iniciação cristã Baptismo, Confirmação e Eucaristia; tornar-se capaz de amadurecer uma compreensão de Jesus cada vez mais profunda e alegre e de realizar uma prática eficaz do Evangelho no alvorecer do terceiro milénio.
  • O Pentecostes é  o ponto de partida da missão da Igreja. Ele renovou interiormente os Apóstolos, revestindo-os de uma força que os tornou audazes para anunciar sem medo. O Espírito Santo é a alma da Igreja e princípio de comunhão. Ele é o "Mestre interior". Também hoje o Espírito Santo continua a agir com poder na Igreja, e os seus frutos são abundantes na medida em que se dispõem a abrir-nos à sua força renovadora.
A mensagem integral do Papa pode ser consultada aqui.





O programa para o Dia Diocesano da Juventude pode ser encontrado no Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil  do Porto.

Finalmente...

15.03.08 | ssacramento
As obras começaram! Na semana do 25º aniversário do Centro Social Paroquial do Santíssimo Sacramento, deu-se início às obras da Casa Acolhimento Santa Marta. Agora, prepara-se o terreno, derrubam-se barreiras, para que as máquinas possam cumprir o seu papel de construção deste novo espaço de "diaconia" da paróquia. Porque...





A Semana Santa na nossa Paróquia:

  • Na próxima terça-feira, a partir das 21,30 horas, realizar-se-á uma Via-Sacra pública, desde o Centro Social de Augusto Gil até à Igreja Paroquial, organizada pelo Agrupamento de Escuteiros da Paróquia;
  • Na quarta-feira, pelas 21,30 horas, será a Celebração Penitencial, com confissões para toda a Comunidade;
  • Na quinta-feira, a Missa da Ceia do Senhor será às 19 horas;
  • Na sexta-feira, a Paixão do Senhor celebrar-se-á às 18 horas;
  • A Vigília Pascal será no Sábado Santo, às 22 horas.



"Orar, para aprender a esperar"

14.03.08 | ssacramento
Realizou-se ontem a terceira e última conferência quaresmal do bispo do Porto, D. Manuel Clemente, intitulada "Orar, para aprender a esperar" e inspirada na encíclica do Papa Bento XVI, Spe Salvi.  Das suas palavras,  citamos o seguinte excerto.

"Saiu há pouco uma sondagem da Universidade Católica, “a pretexto do aniversário do [jornal] PÚBLICO, junto de duas gerações – a que tinha 18 anos em 1990 e hoje tem 35-37, a que tinha zero e agora tem 17-19 anos”. A jornalista que comenta os dados recolhidos conclui que “não existem diferenças muito significativas entre elas ao nível dos valores e atitudes sociais”, mostrando-se os dois grupos “mais tolerantes e liberais do que o resto da população” (cf. Kathleen Gomes – Esperava um gap geracional?. Público. P 2, 5 de Março de 2008, p. 8).
Não detectaremos então nenhuma fenda geracional nestes últimos 18 anos, no que respeita à privatização dos valores (com a tolerância mais generalizada) e à individualização (com menos referências institucionais). Mas poderemos constatar que “não tem uma cara demasiado feliz a geração dos 35-37 anos, quando faz rewind e pensa nas expectativas que tinha aos 18 anos em relação ao que viria a ser a sua vida pessoal. O reality check é amargo: quase metade dos inquiridos (45 por cento) diz que o seu percurso profissional está abaixo das expectativas que tinha na altura e apenas 15 por cento consideram que está acima; 43 por cento avaliam que em termos de qualidade de vida está abaixo das expectativas contra 20 por cento que consideram estar acima” (Ibidem).

Dito doutro modo, quase metade dos nossos concidadãos que completam a sua quarta década de vida sente como goradas as expectativas que tinha na juventude, quer profissionalmente, quer quanto à qualidade de vida. E, sobretudo, são relativamente poucos os que entendem que as excederam.

Outros resultados da sondagem fazem a jornalista comentar, por exemplo: “A juventude é optimista por natureza, mas esta não o será excessivamente – e se em 1990 se tivesse feito as mesmas perguntas à geração que então tinha 18 anos, o optimismo seria previsivelmente maior” (Ibidem, p. 14).

Não pretendo extrapolar os dados nem o assunto, que devem suscitar a atenção de todos, nas várias instâncias da sociedade e da política. Mas, referindo-os à meditação que agora vos proponho, não posso deixar de me interrogar sobre as expectativas que induzíamos nos jovens de há duas décadas, como as induzimos aos de hoje… Já então a publicidade prometia tudo, materialmente falando, e com uma persuasão tecnológica cada vez mais sofisticada. – O que era levada a apreciar e desejar a juventude do princípio dos anos noventa, como a de hoje também? – Que padrões de êxito lhe eram e são hoje apresentados e como se “aconselha” a consegui-los? E, acima de tudo, como se educa o desejo e se alarga a aspiração dos mais novos?

(...) Nestes termos, será certamente uma prioridade pastoral educar os jovens e a todos os crentes numa esperança absoluta e purificada, que possa acolher uma resposta igualmente absoluta e plena. Nada nos basta senão O que nos cria para si. Aqui sim, poderemos falar de liberdade e paz."


 

O texto integral desta conferência quaresmal encontra-se aqui.

Quaresma e oração

13.03.08 | ssacramento

"A Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa e tem a sua origem na caminhada que os catecúmenos, nos inícios da Igreja, faziam até receber o Baptismo, na Vigília Pascal. Os textos litúrgicos procuram educar para as seguintes atitudes: afastamento do pecado, amar a Deus e ao próximo, fazer da Palavra de Deus alimento para a vida e levar uma vida de oração mais intensa.

O tempo quaresmal é um tempo de sobriedade, em que exigimos mais de nós mesmos, dedicamos mais tempo à oração e empenho na Liturgia." (Adérito Gomes Barbosa, Profetas de Deus).

Como escreve o Papa para a sua homília da próxima quarta-feira de cinzas,
"a oração alimenta a esperança, porque nada como rezar com fé exprime a realidade de Deus na nossa vida. Também na solidão da provação mais dura, nada e ninguém podem impedir que eu me dirija ao Pai, "no escondimento" do meu coração, onde só Ele "vê", como diz Jesus no Evangelho (cf. Mt 6, 4.6.18). Vêm à mente dois momentos da existência terrena de Jesus que se colocam no início e quase no final da sua vida pública: os quarenta dias no deserto, sobre os quais se inspira o tempo quaresmal, e a agonia no Getsémani ambos são essencialmente momentos de oração. Oração solitária a sós com o Pai no deserto, oração repleta de "angústia mortal" no Horto das Oliveiras. Mas tanto na primeira como na segunda circunstância, é rezando que Cristo desmascara os enganos do tentador e o derrota. A oração demonstra-se assim a primeira e principal "arma" para "enfrentar vitoriosamente o combate contra o espírito do mal".