A "humanidade" do Ressuscitado
A Sua glória, poder, majestade, realeza não O impedem de ser um Deus pobre, humilde. Antes de mais, na Sua presença na Eucaristia, feito pão e vinho, em mistério de Corpo e de Sangue. Em cada sacrário continua um Rei simples, tão humilde que está "escondido" no pedaço de pão, mas não deixa de ser Ele, o Ressuscitado.
E não foi divinamente humana a atitude de Jesus quando aparece, oito dias depois da Páscoa, e chama Tomé, o incrédulo, e o convida a tocar o buraco das suas mãos e a meter a mão na chaga do seu lado? Continua a ser amigo dos incrédulos, pecadores, fracos e marginais.
E não será divinamente humana a atitude carinhosa para com os seus amigos, que levaram uma noite inteira sem pescar e que, chegando a manhã, estão cansados, exaustos, e Ele, com a sua divina amizade, já tem na praia as brasas acesas e o peixe assado, já tem a refeição preparada para os seus amigos? Rei e Senhor, mas preocupado com os amigos.
O Jesus Glorioso e Ressuscitado não está longe de nós, não ficou distante por causa da sua ressurreição. Ele está presente e, hoje, continua a proceder sempre do mesmo modo, a ser alimento para ser comido, a preparar a alegria e conforto para os seus amigos cansados do trabalho, das canseiras, das dores e labutas da vida.
(PEDROSO, Dário; COUTO, Elias - Aumenta a nossa fé! Temas para cultivar a fé. Braga: Editorial A.O.,2006)