Um dia, começou a doer um molar, a cara inchou e ficamos com uma certa vergonha de ir trabalhar com o rosto desfigurado. Como também teríamos vergonha de sair à rua com o vestido rasgado ou os sapatos rotos. Mas devíamos sentir muito mais vergonha, não tanto pela nossa aparência, mas mais pelo nosso interior.
Se o nosso interior está desregrado, desordenado, transtornado, claro que temos motivos mais do que suficientes para nos sentirmos pouco à vontade e envergonhados. O homem é mais interioridade do que aparência; devemos ter muito mais empenho e interesse em que o nosso espírito cultive as virtudes que nos hão-de fazer homens e mulheres santos, do que em que o nosso cabelo esteja bem penteado ou esteja bonita a gravata.
(MILAGRO, Alfonso - Os cinco minutos de Deus. Cucujães: Editorial Missões, 2005)
Betsabeia foi a quarta avó que Mateus incluiu na genealogia de Jesus. Tratava-se de uma mulher hitita, esposa de Urias, oficial do rei David (2Sm11) e vivia com o marido em Jerusalém, perto do palácio do rei. Era muito formosa, tanto que até o rei David se apaixonou por ela. Aproveitando o facto de Urias ter ido para a guerra, o rei mandou chamá-la ao palácio e ambos, em cumplicidade, uniram-se amorosamente.
Betsabeia ficou grávida e, para evitar o escândalo, David mandou vir Urias da frente da batalha, dando-lhe uns dias de férias em sua casa, para ele conviver com a mulher e guardar as aparências. Porém, Urias opôs-se a tal privilégio, sabendo que os seus soldados estavam em plena guerra. Perante isto, o rei ordenou que o mandassem novamente para o combate, para a zona de maior perigo. Assim morreu Urias e David pôde ficar com Betsabeia.
Algum tempo depois, um profeta, através de uma parábola, fez ver a David o crime que cometera e o seu gravíssimo pecado. David reconheceu humildemente a sua culpa, arrependeu-se e pediu perdão.
Tamar, Raab, Rute e Betsabeia são as únicas quatro avós de Jesus que aparecem na sua genealogia. Quatro avós de séculos diferentes, aparentemente tão indignas, no meio da sequência masculina. É assombroso encontrá-las neste lugar. Já referimos que uma genealogia era, para os antigos, o seu motivo de orgulho, a razão da sua honra e renome. Aqui, pelo contrário, semelhantes mulheres são causa de vergonha.
Com a genealogia provava-se a descendência de personagens importantes e famosos do passado, sabendo-se a grandeza da sua pessoa, a sua ascendência e passado ilustre. Porém, na genealogia de Jesus, Mateus mostra que o Messias provém também da miséria humana, vendo-se o opróbio que arrasta consigo a parentela de Jesus. O gesto de Mateus é intencional. É como se, logo de entrada, quisesse deixar claro qual foi a missão de Jesus, o Seu programa de vida. Para além da sua história pessoal, estas avós têm uma realidade simbólica que as transcende. No amor e na dor, no pecado e na alegria, no perdão de cada uma, é-nos retratada a história da humanidade peregrina e sofredora, cheia de pecado e de esperança, a grande família da qual faz parte o Senhor.
O evangelista quis mostrar que Jesus não se envergonhou nunca dos Seus parentes. Aceitou-os todos tal como foram e Mateus encarregou-se de o registar, para sempre, na sua genealogia.
(VALDÉS, Ariel Álvarez - Que sabemos da Bíblia? III. Apelação: Paulus, 1998; Imagem disponível em http://www.3pinformatica.com.br/redemptor/fotos/fotos/admin/Imagens/natal_nosso_senhor/img_bloco_2755.jpg)
O mês de Outubro inicia-se com a festa a Santa Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja. Nascida em 1873, Maria Francisca Teresa Martin foi curada de uma doença misteriosa, graças ao sorriso de Nossa Senhora. Aos 15 anos entra nas Carmelitas de Lisieux (França), passando o resto da sua vida no silêncio da clausura. Por incumbência da Superiora, escreve a história da sua vida (História de uma Alma).
Morre em 1897 e logo depois iniciam-se as peregrinações ao seu túmulo. O Papa Pio XI beatificou-a em 1923 e dois anos depois foi proclamada santa. Em 1928 é nomeada Padroeira das Missões e em 1997 o Papa João Paulo II proclama-a Doutora da Igreja. (Revista Cruzada, Outubro/2008)
Santa Teresa afirmava que o seu objectivo, ao se fazer carmelita, era que "não podendo ser missionária por meio da acção, quis sê-lo por meio do amor e da penitência. (...) Uma carmelita que não fosse apóstola distanciaria-se da sua vocação". Também escreveu: "Perguntas-me um método para alcançar a perfeição. Eu conheço o amor... e só o amor. (...) Sempre desejei ser santa. Mas, ai de mim! Ao comparar-me com os Santos, verifiquei que há entre eles e eu a mesma diferença que existe entre uma montanha, cujo cume se perde nos céus, e o obscuro grão de areia pisado pelos pés dos caminhantes. Em vez de desanimar, disse para comigo: Deus não pode inspirar desejos irrealizáveis. Posso, portanto, apesar da minha pequenez, aspirar à santidade. Fazer-me crescer a mim mesma é impossível; tenho de suportar-me tal como sou, com todas as minhas imperfeições. Mas quero procurar a maneira de ir para o Céu por um caminhito muito direito, muito curto; um caminhito completamente novo."
Neste dia, eu quero pedir a Santa Teresa do Menino Jesus:
Concedei-me que siga a tua vida de Infância Espiritual, Que viva no espírito de simplicidade e humildade evangélicas, Num total abandono à vontade do Senhor. Ensinai-me a aceitar cada sofrimento como dom precioso Feito a quem mais ama. Que eu possa também terminar a minha vida terrena, Repetindo as tuas últimas palavras: «Meu Deus, eu amo-Te».
Betsabeia foi a quarta avó que Mateus incluiu na genealogia de Jesus. Tratava-se de uma mulher hitita, esposa de Urias, oficial do rei David (2Sm11) e vivia com o marido em Jerusalém, perto do palácio do rei. Era muito formosa, tanto que até o rei David se apaixonou por ela. Aproveitando o facto de Urias ter ido para a guerra, o rei mandou chamá-la ao palácio e ambos, em cumplicidade, uniram-se amorosamente. 
O mês de Outubro inicia-se com a festa a Santa Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja. Nascida em 1873, Maria Francisca Teresa Martin