"Os Seminários sabem que têm no Espírito Santo a sua alma inspiradora e recebem d’Ele a sabedoria, a fortaleza e o conselho para olharmos com esperança o horizonte dos tempos novos que se aproximam. A Semana dos Seminários que agora vivemos insere-se neste horizonte de esperança em que toda a Igreja é chamada a “semear com generosidade para colher com abundância” (2 Cor. 9, 6). (...)
Que Nossa Senhora, a Estrela da Esperança, abençoe e proteja os Seminários, os seus alunos, formadores, funcionários e benfeitores e nos incentive a acolher a Palavra e a ouvir a Voz de Deus para que em cada um de nós se espelhe a alegria de ser chamado e se testemunhe a coragem de chamar. "
(D. António Francisco do Santos, Bispo de Aveiro, Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=65925; Imagem disponível em http://www.diocese-porto.pt/docs/http/imagens/interior.jpg)
Jesus é a luz do mundo e nós, como cristãos, temos que ser luz. Mas há o mundo das trevas, o príncipe das trevas que semeia a poeira , o nevoeiro. Esta nuvem imensa de poeira faz-se sentir em todos os sectores da nossa vida pessoal, familiar, social, comunitária. É uma nuvem que nos impede de ver bem, com rectidão, com justeza.
Nuvem de poeira que nos impede de ver a Deus, ver-nos a nós, ver o mundo, ver os outros, sem sermos perturbados por esse nevoeiro de mal, de pecado, de mentira, de injustiça, de erro, de falsidade, de vício, de tudo aquilo que não é luz verdadeira e nos dificulta uma visão humana e cristã, ajustada, recta, certa, segundo as normas do Criador.
Parece que a nuvem impede de ver o valor da vida e a necessidade de a respeitarmos como algo de sagrado. Há crime, sangue derramado, ódio, vingança que gera mais vingança e mais morte. É o que vemos na televisão, lemos nos jornais, ouvimos na rádio. Uma nuvem imensa impede de ver com clareza e justiça a maravilha que é a vida. É preciso respeitá-la, amá-la, protegê-la, ampará-la. Precisamos de aprender a dar vivas à vida. Saibamos abrir os olhos a Jesus, Luz do mundo, para que reine mais a verdade, o bem, a justiça, o amor.
O VI Congresso Mundial da Pastoral para os Migrantes e os Refugiados, sob o tema "Uma resposta pastoral ao fenómeno migratório na era da globalização", leva o Papa Bento XVI a aconselhar o acolhimento dos migrantes em detrimento da rejeição.
Como refere o Papa Bento XVI, o fosso entre pobres e ricos é cada vez maior e a actual crise económica, com o aumento do desemprego, dificulta e reduz as possibilidades de encontrar trabalho. O "fenómeno migratório mundial pode tornar-se condição favorável para a compreensão entre os povos e para a construção da paz". As migrações chamam a atenção para a unidade da família, para o valor do acolhimento, da hospitalidade e do amor pelo próximo.
Para sermos acolhedores, precisamos de escutar a Palavra de Deus, de forma a imitarmos Cristo e a permanecermos unidos a Ele.
Deus, único Senhor, louvamos-Te por nos concederes uma paz plena de sabedoria e coragem, que faz sair ao encontro do forte e apetrechado invasor um envelhecido Papa, o maior do séc. V, e que entre os teus servos mereceu o nome de Magno.
Ao reviver hoje a memória de São Leão Magno, reconhecemos a tua inspiração para os momentos de barbárie. E, se nem sempre se conseguem fazer parar os exércitos dos Átilas ou impedir a violência dos Gensericos, condutores de vandalismos, nunca nos deixes parar nas reacções primárias aos atentados, pequenos ou enormes.
Concede-nos a clareza espiritual do teu servo Leão, a mesma expressão pura da nossa confiança em ti, idêntica inspiração serena para defender os mais débeis do teu povo.
( Azevedo, Carlos - ao Deus de todas as manhãs. Prior Velho: Paulinas Editora. 3ª edição: Out. 2007 )
Nos mosteiros do século XII o método teológico estava ligado principalmente à explicação da Sagrada Escritura. Praticava-se especialmente a teologia bíblica, isto é, os monges eram todos devotos ouvintes e leitores das Sagradas Escrituras, e uma das suas principais ocupações consistia na lectio divina, ou seja, na leitura pregada da Bíblia. Para eles, a simples leitura do Texto sagrado não era suficiente para compreender o seu sentido profundo, a sua unidade interior e a sua mensagem transcendente. Portanto, era preciso praticar uma "leitura espiritual", guiada com docilidade ao Espírito Santo.
Na escola dos Padres, a Bíblia era assim interpretada alegoricamente, para descobrir em cada página, quer do Antigo quer do Novo Testamento, o que diz de Cristo e da sua obra de salvação.
Os representantes da teologia monástica eram monges, em geral Abades, dotados de sabedoria e de fervor evangélico, dedicados essencialmente a suscitar e a alimentar o desejo amoroso de Deus.
O Sínodo dos Bispos, do ano passado, sobre a "Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja", recordou a importância da abordagem espiritual das Sagradas Escrituras. Com esta finalidade, é útil valorizar a teologia monástica, uma ininterrupta exegese bíblica, assim como as obras compostas pelos seus representantes, preciosos comentários ascéticos aos livros da Bíblia. Portanto, a teologia monástica unia a preparação literária à espiritual. Estava portanto consciente de que uma leitura meramente teórica e profana não era suficiente: para entrar no coração da Sagrada Escritura, ela deve ser lida no espírito com o qual foi escrita e criada. A preparação literária era necessária para conhecer o significado exacto das palavras e facilitar a compreensão do texto, afinando a sensibilidade gramatical e filológica.
É importante, além disso, dedicar todos os dias um certo tempo à meditação da Bíblia, para que a Palavra de Deus seja lâmpada que ilumina o nosso caminho quotidiano sobre a terra.
O sacerdócio é a expressão do amor de Deus e hoje sabemos o seu nome: é o Espírito Santo, o que realiza toda a obra de Deus em favor do seu Povo. O Espírito Santo é o segredo da acção sacramental. Todos os membros da Igreja são sacerdotes porque são ungidos pelo Espírito Santo. Os sacerdotes são ungidos e consagrados pelo Espírito na sua ordenação. E todos sabemos que a fecundidade sacerdotal é obra do Espírito Santo, a certeza da Igreja de “que a Deus nada é impossível”.
Contemplemos a missão de Maria como um sacerdócio, em dois momentos da salvação a acontecer. Na Anunciação, o Anjo diz a Maria: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra” (Lc. 1,35).
E, na Eucaristia, antes da consagração do Pão e do Vinho, o sacerdote reza assim: “santificai estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, para que se convertam, para nós, no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Euc. II). De facto a Deus nada é impossível. A acção do Espírito em Maria prolonga-se na acção da Igreja, no seu poder sacerdotal. O amor de Deus continua a transformar a história.
(Homília de D. José Policarpo na Peregrinação Internacional de Outubro-2009)
O desafio tinha sido proposto por D. Manuel Clemente com a frase "Da Evangelização feita à Evangelização a fazer". A resposta a esta "provocação" começava a fervilhar na Assembleia Paroquial do Santíssimo Sacramento, com a presença de cerca de 60 pessoas, que, com o seu saber e dedicação, procuravam assim corresponder ao apelo do Bispo da Diocese Portucalense e ao convite do Sr. Padre Jorge.
D. Manuel Clemente, numa curta mensagem, refere que "a Igreja existe para Evangelizar", sendo pois numa diocese de 2 milhões de pessoas que a Missão 2010 vai "divulgar" Cristo ao Homem contemporânio. A "viagem" pela apresentação da Missão 2010 introduziu-nos numa panorâmica de Evangelização, desde os primórdios da Igreja, passando pelo Bispo D. Hugo que deu foral ao burgo do Porto.
Esta perspectiva histórica permitiu-nos entrar no debate e nas propostas que o Bispo do Porto sugeriu: a atribuição, para cada um dos meses, de uma palavra-chave capaz de "abrir a porta" de acesso a esse mês.
Janeiro é pois o Anúncio do nascimento do Salvador que é Jesus Cristo. O Canto das Janeiras é uma forma não só de desejar as Boas-Festas por ocasião do Ano Novo, mas também de anunciar Jesus Cristo. Esta acção ficou a cargo dos cantores e também dos escuteiros.
Diz o nosso Bispo que Fevereiro vai ser vivido com Alegria, aquela alegria cristã capaz de contagiar e, porque não, de Evangelizar... A alegria genuína da juventude! Neste mês realiza-se um Encontro Ibérico de Jovens - Taizé. As famílias são convidadas a albergar um jovem.O Agrupamento 449 vai promover um encontro de preparação, de forma a que neste mês possam fazer uma actividade, uma festa escutista, etc. Outra proposta muito interessante passa por descobrir na nossa Paróquia onde é necessário levar Alegria!
E chegamos ao mês de Março no qual a Missão nos convida a viver com Paixão. Em Março comemora-se o 3º Aniversário da tomada de posse de D. Manuel Clemente à frente da diocese do Porto. Foi sugerido a realização de uma procissão, no Domingo de Ramos, assim como de uma Via Sacra na Paróquia. O Grupo Bíblico irá encontrar-se e reflectir sobre o que poderá realizar neste mês.
Abril vai ser celebrado com novo fôlego, com Vida. E uma das formas é preparar a Visita Pascal que, aliás, é apanágio desta paróquia desde à muito tempo. No ano corrente a Cruz de Cristo Pascal entrou na casa de 467 famílias, sendo 12 os grupos que percorreram esta Paróquia, anunciando a Ressurreição. É de registar que cada grupo tem um total de 5 pessoas.
Em plena Primavera damos conta do mês de Maria. Maio é, pois, um mês muito bonito, em que os dias já são generosos, assim como o Coração de Maria. Valorizar, renovar e purificar a devoção Mariana foi uma das propostas acolhida com entusiasmo. Sugeriu-se, inclusive, a passagem da Imagem Peregrina, de rua em rua, de local em local.
Junho surge-nos em Festa. A Festa é um espaço de encontro, terreno fértil da Missão por excelência. Deliberou-se para este mês, por exemplo, a realização de uma Festa a Santo António, dando a conhecê-lo de uma forma mais profunda. A organização de um passeio paroquial foi também lembrado.
Julho e Agosto, sendo tempo de Férias e de recuperação de energias, é a ocasião propícia de refectir, de modo a que saibamos usar essa energia que é dada por Deus, o Criador.
Em Setembro a porta abre-se a um convite: entrar novamente no ritmo da nossa Evangelização! A Catequese, o Patronato (jardim) e o ATL têm aqui um papel a desempenhar muito importante.
E com Outubro chega a Missão. A imagem deste mês, a Terra, leva-nos a perguntar: Jesus Cristo já chegou a todos? Para este mês, a comunidade Verbum Dei vai pensar numa actividade a realizar: talvez fazer-se uma peregrinação a pé ou de bicicleta. Percorrer a nossa paróquia, conhecendo-a por dentro, foi também salientado por alguns grupos.
Aproximamo-nos do Fim do Ano 2010 e Novembro irrompe sobre o signo da Esperança. Divulgar a procissão ao Cemitério de Agramonte, foi uma das sugestões, assim como uma conferência sobre o referido cemitério.
O solstício de Inverno, com o dia mais pequeno do ano, acontece com o mês radiante, Luminoso de Dezembro. A Luz que é Jesus Cristo nasceu para nos guiar, aconselhar e salvar. Várias actividades foram acolhidas com entusiasmo. A Catequese tem aqui um papel a desempenhar, pensando a Mensagem de Natal de maneiras diferentes. Uma exposição de presépios foi também uma das ideias.
Esta viagem de um ano chegou ao fim, mas o caminho que é Cristo e a Missão não acaba em 31 de Dezembro de 2010, antes projecta-se no futuro. Olhando para trás vemos Jesus Cristo que, há 2000 anos, preparou a sua Missão a pensar no Homem. Também nós, como Paróquia inserida na diocese do Porto, vamos preparar esta Missão "lançando-a" à terra, tal qual o grão de trigo que ao "morrer, dá muito fruto"( Jo 12,24).
Vem este episódio real muito a propósito nos dias que se vivem, contado pelo teólogo Ariel A. Valdés, relacionado com o tema da Bíblia. A história é simples. Um sacerdote convidou-o para ir à sua paróquia explicar as novas maneiras de a Igreja Católica entender a Bíblia. O tema dessa conferência incidia sobre os géneros literários do livro do Génesis. No fim desse encontro um senhor foi ter com Ariel Valdés e confidenciou-lhe:
"- Padre, não sabe quanta paz me deu ter ouvido a sua conferência de hoje."
Ariel Valdés ficou extremamente admirado pois apenas tinha falado sobre géneros literários e, que soubesse, estes não davam paz nenhuma. Foi pois obrigado a perguntar-lhe de que forma o tinha ajudado.
"- Olhe, padre - respondeu - sempre considerei rigorosamente histórico o episódio da Arca de Noé e o Dilúvio Universal. E toda a minha vida me esforcei por acreditar e aceitar cada um dos pormenores que ali se contam. Mas havia uma coisa que me perturbava e não me deixava tranquilo. Era o facto de Noé ter soltado a pomba e ela não ter voltado. Ora na Arca só havia um casal de cada espécie, com quem depois se reproduziu o pombo?" E continuou: "Sempre tive a sensação de que me estavam a enganar. Agora, ao ouvir o senhor dizer que o relato de Noé é didáctico, que apenas pretende transmitir-nos uma mensagem sem que seja preciso acreditar que assim aconteceu realmente, sinto-me reconciliado com a Bíblia."
(Adaptado de Que sabemos da Bíblia II de Ariel Alvarez Valdés)