Há uma grande riqueza simbólica na luz da vela, na chama do círio pascal. Tal simbolismo, pleno de significado, recorda-nos que devemos ser luz para o mundo, para este mundo que anda nas trevas, trevas de erro e de maldade.
A luz de uma vela é um grito de vida espiritual; é uma língua que anuncia a vinda do Salvador. Ele mesmo "a Luz do mundo". A débil luz da vela, o seu débil resplendor, oculto pelo foco potente dos modernos reflectores, mostra-nos que, no meio de todo este dinâmico mundo, esmagante, é preciso saber descobrir a luz da fé, que é um canto de júbilo e de vitória sobre todas as limitações humanas. A luz da fé é mensageira de um mundo invisível de paz e de amor.
(MILAGRO, Alfonso - Os cinco minutos de Deus. Cucujães: Editorial Missões, 2005)
No passado dia 21 de Novembro, Bento XVI recebeu na Capela Sistina artistas provenientes de todo o mundo, para com eles firmar uma nova proposta de amizade, diálogo e colaboração. É digno de registo o pequeno excerto que a seguir propomos, para nós Crentes e quem sabe se não será uma porta de entrada para os não Crentes:
"O Juízo Final, que sobressai atrás de mim, recorda que a história da humanidade é movimento e elevação, é inesgotável tensão para a plenitude, para a felicidade última, para um horizonte que excede sempre o presente enquanto o atravessa. Mas, no seu dramatismo, este fresco coloca diante dos nossos olhos também o perigo da queda definitiva do homem, ameaça que domina a humanidade quando se deixa seduzir pelas forças do mal. Por isso, o fresco lança um forte grito profético contra o mal, contra qualquer forma de injustiça. Para os crentes, Cristo ressuscitado é o Caminho, a Verdade e a Vida. Para quem o segue fielmente, é a Porta que introduz naquele "face a face", naquela visão de Deus da qual brota já sem limites a felicidade plena e definitiva. Assim, Miguel Ângelo oferece à nossa visão o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim da história, e convida-nos a percorrer com alegria, coragem e esperança o itinerário da vida".
(Adaptado de L'Osservatore Romano - 28 de Novembre de 2009; Imagem retirada da Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Last_judgement.jpg)
Nossa Senhora manifestou-se, nas aparições de Lourdes (1858), como «Imaculada Conceição». Pio IX proclamou o dogma da «cheia de graça desde a sua concepção» em 8.12.1854. D. João IV declarara, muito antes (25.03.1646), «tomar por padroeira de nossos reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição..., confessar e defender.., que a Virgem Senhora Mãe de Deus foi concebida sem pecado original». É, pois, desde então, padroeira de Portugal.
É «bendita entre as mulheres», porque foi objecto de uma predilecção especial de Deus, tendo em vista a sua missão maternal e co- redentora, ao lado do Filho. Ela é para nós modelo de fé, «porque acreditou»(Lc 1, 45), de humildade agradecida, de disponibilidade incondicional para confiar, até à cruz, que só Deus é grande e ama o mundo, porque é Amor e o seu é um amor para sempre. Ter uma Mãe assim é fonte de esperança e de felicidade para todos nós.
Pode obter mais informações sobre este dia no artigo do dia 05/12/2008.
(Revista Mensageiro do Coração de Jesus - Dez. 2009)
Neste Domingo II do Advento a 1º Leitura é tirada do Livro Profético de Baruc. O profeta Jeremias apresenta-nos Baruc como seu "secretário" ou "escriba": «..e Baruc escreveu , da parte de Jeremias, no rolo do livro todas as palavras que o Senhor lhe tinha dito» ( Jr 36, 4). Jeremias informa-nos também que ele era filho de Néria e de Masseias.
E o que nos diz esta leitura do profeta Baruc (Bar 5, 1-9 )? Convida-nos a libertarmo-nos e a vivermos na alegria, pois Deus vai mostrar o seu esplendor. Assim como Jerusalém precisou de se libertar dos povos que a subjugaram, também nós inevitavelmente precisamos de sair do nosso egoísmo que nos limita e amordaça o coração. Sem obstáculos o caminho fica livre para chegarmos a Jesus.
S. Paulo, na 2ª Leitura (Fil 1, 4-6. 8-11), recomenda-nos que estejamos preparados para o dia de Cristo, e que para isso vivamos a vida com amor, pureza de coração e justiça.
O Evangelho (Lc 3, 1-6) mostra-nos o ínicio da missão de João Baptista, que nos exorta a preparar o caminho para a vinda do Senhor. A nossa vida é, no fundo, uma missão que nos abre a porta para seguirmos o caminho de Cristo. E vai abrir-se uma vez mais ,pois Jesus vai voltar a nascer para todos nós. Até lá "só precisamos " de olhar para o presépio, mas com Amor!
Ontem celebrou-se S. Francisco Xavier. Nascido numa família de guerreiros, preferiu a carreira das Letras. Sendo ele professor de Filosofia em Paris, encontrou aí S. Inácio de Loyola que o levou a ponderar na brevidade das glórias deste mundo.
Entrou na Companhia de Jesus e recebeu com alegria a missão das Índias Portuguesas, a pedido de D. João III de Portugal. Após 13 meses de viagem por mar, onde teve a ocasião de tratar dos tripulantes atacados de peste, chegou a Goa.
A sua actividade missionária durou apenas 10 anos, o suficiente para percorrer extensas regiões asiáticas, que iam de Goa ao Japão, e semear a Palavra do Evangelho no coração de milhares e milhares de gentios.
O seu grande desgosto foi de se ver morrer às portas da China que ele desejava evangelizar. O seu corpo, transportado para Goa, ainda hoje é venerado por cristãos e hindus.
S. Francisco Xavier foi proclamado padroeiro de todas as missões do Oriente e da Obra da Propagação da Fé.
(DIAS, António - Arautos da Santidade. Lisboa:Editora Rei dos Livros, Abril 2001)
Sabia que o Ano Sacerdotal que estamos a viver tem como fonte de energia espiritual os 150 anos da morte do Santo Cura d'Ars, ou seja, São João Maria Vianney, sacerdote francês, que foi pároco de Ars durante 41 anos?
Sabia que ele era filho duma família pobre, de lavradores, que teve muita dificuldade nos estudos, mas que, com grande sacrifício, com a ajuda de um sacerdote amigo, conseguiu ser ordenado sacerdote a 13 de Agosto de 1815?
Sabia que foi tal a fama da sua santidade, que vinha gente de toda a França e mesmo de outros países, a Ars, para se confessar a este sacerdote, esperando às vezes mais de 12 horas para poderem ser atendidas?
Sabia que o seu grande ministério foi o confessionário, verdadeiro altar da misericórdia, onde ele passava muitas horas por dia, às vezes 18 horas num só dia, e era tão simples e paternal, que a todos encantava e atraía?
Sabia que, ao celebrar 150 anos da sua morte, a cidade de Ars este ano se tornou lugar de muitas e grandes peregrinações para venerar São João Maria Vianney, visitar a velha igreja onde confessava e para descobrir naquele local uma maior paixão por Jesus?
A criação é a primeira obra de Deus em favor da sua criatura. É na criação e pela criação, por este acto de amor, que, em primeiro lugar, Deus se revela. A criação é, pois, a primeira palavra que Deus diz à sua criatura, é o Deus da palavra. Quase poderíamos afirmar que Deus cria para falar, para se comunicar. O primeiro capítulo do Génesis diz isso mesmo: "Deus disse: Faça-se..." e tudo foi feito.
O segundo passo consiste na História que Deus fez com a humanidade e poderíamos traduzi-lo por condescendência ou Providência de Deus; é, fundamentalmente, a conservação da vida e da sua criação.
A encarnação do Filho de Deus inscreve-se na continuidade da criação e da sua condescendência.A encarnação é o máximo grau da descida de Deus ao mundo, a ponto de quse se confundir com os homens. O Filho de Deus não podia fazer mais pela humanidade. O Natal é apenas o início desta encarnação do Filho de Deus, que vai do Natal até à Cruz.
(Frei Herculano Alves, Revista Bíblica, Nov/Dez 2009)