Só os peixes mortos vão com a corrente... Oposição, resistência, agir segundo convicções bem fundamentadas, exige coragem e é sinal de vitalidade. Disso deu exemplo e testemunho Jeremias (1ª Leitura).
Jesus foi expulso da sua própria terra, ameaçado de morte. «Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho». Com Jesus, devemos aprender a ir-nos embora sem ressentimento, mas com os pés bem assentes no solo da fé e da confiança, como uma árvore de raízes firmes.
Também é verdade que há coisas em que nos assemelhamos aos habitantes de Nazaré, que aplaudiram e expulsaram o Senhor: somos selectivos, isto é, só ouvimos o que gostamos de ouvir. Temos que permitir a Jesus que nos ensine uma coisa e outra: o que espontaneamente nos toca, agradando-nos, e o que nos parece estranho e difícil de aceitar.
Que possamos dizer com verdade: foi d'Ele que aprendi, sem Ele não chegaria lá. A caridade que Jesus tanto apregoou, pôs em prática e «levou até ao extremo» (Jo 13, 1) é de facto um dos maiores ensinamentos de Jesus. S. Paulo na leitura de hoje diz-nos: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade».
(Revista Mensageiro do Coração de Jesus, Janeiro/2010)
A primeira coisa que fizeram os pais com o Menino Jesus, pouco depois do seu nascimento, foi dar-lhe um nome. Isto realizava-se no meio de uma alegre cerimónia, celebrada no oitavo dia, como ordenava o Génesis (17,12), e perante várias testemunhas.
O nome que José e Maria lhe puseram foi Yehoshua, que em hebraico significa Josué. Pela Bíblia sabemos que na Palestina esse nome costumava ser abreviado e pronunciar-se Yeshua, por razões de familiaridade. Por sua vez, na Galileia, onde se falava de um modo diferente do resto do país, e onde vivia a Sagrada Família, abreviava-se ainda mais e pronunciava-se Yeshu. Por isso, os primeiros cristãos de origem grega traduziram-no mais tarde por Jesus.
O nome de Yeshua, no século I, era um dos mais comuns e normais de então. Assim o vemos, por exemplo, no escritor Flávio Josefo, que nas suas obras menciona mais de 20 pessoas que se chamavam Jesus na história judaica; das quais, pelo menos 10 são contemporâneas de Jesus de Nazaré.
Em hebraico, Jesus (ou Josué) significa "Deus salva". E não puseram esse nome apenas em homenagem ao comandante hebreu Josué, mas porque, segundo Mateus, um anjo disse a S. José: «dar-lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados» (Mt 1,21).
(Artigo de Ariel Álvarez Valdés, in Revista Bíblica - Jan/Fev. 2010; Imagem disponível na Internet)
Todos nós aborrecemos a guerra e somos partidários da paz; mas uma coisa é ser partidário da paz e outra é ser construtor da paz, difusor da paz. Queremos a paz no mundo, mas é impossível implantar a paz no mundo se primeiro não reina a paz na nossa pátria; por sua vez, a paz na pátria alicerça-se na paz nas famílias. Mas também é utópico pretender a paz na família se cada um de nós não gozar de paz no seu íntimo.
Só o Homem pacífico consigo próprio pode ser pacífico com os outros. Para ser pacífico, porém, é preciso ser um Homem de boa vontade, pois só aos homens de boa vontade foi prometida a paz. Mas lembremo-nos de que não podemos ser homens de boa vontade se não formos homens de Deus, se não cumprirmos sempre e em tudo a vontade de Deus.
(MILAGRO, Alfonso - Os cinco minutos de Deus. Cucujães: Editorial Missões, 2005)
Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê e comenta um texto do profeta Isaías, escrito mais de 500 anos antes. Desde a presença de Jesus na terra, já lá vão mais de dois mil anos. Apesar disso, os ensinamentos bíblicos continuam actuais. Jesus soube traduzi-los para os seus ouvintes. Nós precisamos de os saber aplicar, devidamente interpretados, aos nossos dias. Não se trata de velhas histórias de tempos imemoriais, hoje ultrapassadas.
"Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir", disse Jesus, séculos depois de ela ter sido escrita. Porque Ele a traduziu em vida, ao anunciar a Boa Nova aos pobres, ao intervir para libertar todo o tipo de cativos, ao dar vista aos cegos, ao dar atenção aos oprimidos. Hoje, somos pobres, de um outro modo, frágeis e necessitados de auxílio; hoje, somos cegos, incapazes de reconhecer o nosso estado, não dispostos a seguir, com fidelidade, a nossa vocação. Do encontro com Cristo recebemos a libertação, olhos novos, coragem para recomeçar a crer e confiar. Antes de mudar o mundo, tem de mudar a pessoa individual. Curados, perdoados, encorajados por Ele, através da Palavra e do sacramento, podemos perdoar, alumiar, dar ânimo aos irmãos.
(Revista Mensageiro do Coração de Jesus, Janeiro/2010)
Todos sabemos o que Jesus fez durante os três anos da sua vida pública. Mas o que fez durante os mais de 30 anos anteriores? O que sabemos desse longo período é um episódio que sucedeu aos 12 anos, quando Ele se perdeu em Jerusalém durante uma festa da Páscoa, e como José e Maria o encontraram «no templo, sentado entre os doutores a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas» (Lc 2,46-47). Mas, imediatamente a seguir, o Evangelho diz que regressou para Nazaré e o véu do mistério desce de novo ocultando todas as suas actividades durante os 20 anos seguintes.
No entanto, o Evangelho de S. Lucas proporciona duas pistas. A primeira, depois de narrar a apresentação do menino Jesus no Templo de Jerusalém, poucos dias depois de ter nascido, diz que José, Maria e o menino «regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele» (Lc 2,39-40). Portanto, o evangelista informa-nos claramente que Jesus passou os anos seguintes da sua vida na povoação de Nazaré, onde experimentou um desenvolvimento físico, intelectual e religioso, como qualquer menino da sua idade.
A segunda, depois de contar que o menino Jesus se perdeu aos 12 anos na cidade de Jerusalém e foi encontrado no Templo, diz que «desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. (...) E Jesus crescia em sabedoria, estatura e em graça, diante de Deus e dos homens» (Lc 2,51-52).
Isto é confirmado por um episódio no Evangelho de Marcos. Quando Jesus pregou pela primeira vez na sinagoga de Nazaré, os aldeãos galileus, ao ouvi-lo, encheram-se de assombro e disseram: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria?» (Mc 6,2-3).
Se Jesus não saiu de Nazaré durante a sua infância e a sua juventude (além das suas peregrinações a Jerusalém, ou de alguma viagem ocasional a alguma povoação vizinha), que fez em todos esses anos? Apesar disso, é possível saber-se algo mais, graças aos descobrimentos arqueológicos e literários que actualmente possuímos.
(Artigo de Ariel Álvarez Valdés, in Revista Bíblica - Jan.-Fev. 2010; Imagem disponível na wikipedia)
"A propósito da Bodas de Caná, de que nos fala hoje o Evangelho de S. João, transcrevemos o nº 1603 do Catecismo da Igreja Católica:
«A íntima comunidade da vida e do amor conjugal foi fundada pelo Criador e dotada de leis próprias. O próprio Deus é o autor do património» (GS 48). A vocação para o matrimónio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, tais como saíram das mãos do Criador. O matrimónio não é uma instituição puramente humana, apesar das numerosas variações a que esteve sujeito no decorrer dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais. Tais diversidades não devem fazer esquecer os traços comuns e permanentes. Muito embora a dignidade desta instituição nem sempre e nem por toda a parte transpareça com a mesma clareza, existe, no entanto, em todas as culturas, um certo sentido da grandeza da união matrimonial. Porque «a saúde da pessoa e da sociedade está estreitamente ligada a uma situação feliz da comunidade conjugal e familiar» (GS 47)."
Todos temos muito boa vontade. Apesar disso ofendemo-nos mutuamente, ferimo-nos uns aos outros, porque não temos nem os mesmos gostos, nem as mesmas inclinações, nem a mesma maneira de ser. Daí a necessidade, que nos urge, de sermos mutuamente compreensivos, de sabermos compreender, de dissimularmos o que nos magoa, de perdoarmos, de esquecer agravos, de não sermos excessivamente susceptíveis.
Quem perdoa é digno de ser perdoado: com a medida com que medirdes, sereis medidos. Quem compreende com facilidade será facilmente compreendido. Quem é bom para com todos, conseguirá que todos sejam bons para consigo. Quem ama, será amado. Quem não ama ninguém, não estranhe que ninguém o ame; não estranhe e não se queixe; não se queixe e não deite as culpas aos outros, pois é ele o culpado, o causador da frieza que nota à sua volta.
(MILAGRO, Alfonso - Os cinco minutos de Deus. Cucujães: Editorial Missões, 2005)
O livro "Jesus de Nazaré", do Papa Bento XVI, é não só de uma riqueza incomensurável, mas também de uma oportunidade única para os dias em que vivemos. Senão vejamos.
"Naturalmente pode-se perguntar por que motivo Deus não terá criado um mundo onde a sua presença seja mais evidente; por que razão Cristo não terá deixado atrás de si um esplendor tal da sua presença, que fascine todo e qualquer um de modo irresistível."
Se assim fosse tudo seria diferente. Mais fácil e todos acreditariam. Não era preciso ter Fé...Mas deixemo-nos destas considerações de um leigo e continuemos a meditação destas palavras para entrarmos no interior do pensamento de sua santidade:
"Trata-se do mistério de Deus e do homem, no qual não podemos penetrar. Vivemos neste mundo, onde precisamente Deus não tem a evidência de algo que se possa tocar com a mão, mas só pode ser procurado através do ímpeto do coração, o «êxodo» do «Egipto»."
O difícil torna-se "fácil". A chave de abertura da porta para Cristo está na Bondade que cada um de Nós transmite ao seu semelhante. O nosso coração terá de ser arrojado, tolerante mas firme nas nossas convicções cristãs, a placa tem de ser esta: Aberto e nunca fechado. Continuemos fluindo na mensagem que as palavras finais nos reserva Bento XVI.
"Neste mundo, temos de opor-nos às ilusões de falsas filosofias e reconhecer que não vivemos só de pão, mas primariamente da obediência à palavra de Deus. E somente onde esta obediência for vivida é que nascem e crescem aqueles sentimentos que permitem remediar também pão para todos."
O amor ao próximo só pode gerar mais e mais amor. É como uma bola de neve que uma criança deita de cima de um monte . Cresce, cresce...
(J.S.; Imagem disponível em http://www.buques.com.br/fotos/ixora.jpg)
Com um ideal na tua vida, sentir-te-ás mais feliz e caminharás mais seguro na vida. Um ideal que polarize todos os teus esforços e pensamentos; um ideal que seja o mastro principal da nave na tua vida. O ideal, mesmo que nunca chegues a alcançá-lo, far-te-á sempre bem, porque, ao fim e ao cabo, o ideal consiste em tender sempre para a frente.
Um ideal que se alcança deixa de ser ideal e deve ceder o lugar a outro verdadeiro ideal ainda não alcançado. O homem sem ideal é um viajante sem bússola. Os homens sem ideal são um rebanho sem pastor e sem caminho. Perder o ideal é perder o rumo, e perder o rumo é expor-se à perda de tempo e de esforços, a deparar-se em última instância com a desilusão. É expor-se a que o cansaço se apodere da vida e então a vida deixa de ter sentido; já não se vê por quê e para quê continuar em frente.
(MILAGRO, Alfonso - Os cinco minutos de Deus. Cucujães: Editorial Missões, 2005)
No passado fim-de-semana, o Rancho Folclórico da Escola Infante D. Henrique, o Grupo de Escuteiros 449 e o Grupo Coral do Santíssimo Sacramento cantaram ao Menino no final das eucaristias das 19 horas. Desta forma, estão a fazer o ANÚNCIO para a Missão 2010, conforme o programa apresentado pelo bispo do Porto.