Simão Pedro, discípulo de Jesus
Após a Ressurreição do Senhor, Simão Pedro foi fundamental no reagrupar dos discípulos. Na primitiva comunidade cristã de Jerusalém, Pedro aparece com um protagonismo enorme em várias situações: na eleição de Matias, falando a «cerca de cento e vinte pessoas» (Act 1, 15); discursando ao povo (Act 3, 12) e no Sinédrio «cheio do Espírito Santo» quando interrogado juntamente com João pelos chefes dos judeus, lhes diz: «Ele é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se transformou em pedra angular» (Act 4, 11).
Mas este discípulo não se ficou por Jerusalém na sua missão evangelizadora, percorreu a zona costeira da Palestina e chegando a Roma, a capital do Império Romano, numa acção missionária. E é precisamente aqui na Roma dos deuses que Pedro é martirizado e crucificado.
A sua morte é pré-anunciada no Evangelho de S. João, quando Jesus lhe diz: «..quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres» (Jo 21, 18). É o próprio discípulo «aquele que Jesus amava», que descodifica estas palavras dizendo: «E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus» (Jo 21, 19).