O fariseu e o publicano
O fariseu arrogante e antipático e o publicano simpático e humilde, da parábola deste Domingo, são uma caricatura. Nem todos os fariseus eram «fariseus» no mau sentido que o vocábulo assumiu, nem a maioria dos publicanos iria rezar, ao fundo do templo, da forma como o fez aquele que nos é apresentado.
Os publicanos eram cobradores de impostos e não eram bem vistos, porque colaboravam com a potência ocupante (Roma) e tinham fama de serem exploradores sem escrúpulos. Os fariseus, pelo contrário, gozavam da simpatia das pessoas, porque tomavam a sério a sua fé, sendo praticantes rigorosos da letra da Lei.
Certo é que, quer uns, quer outros, tinham o seu lado luminoso e as suas sombras. E cada um de nós também! Podemos ter a faceta boa do fariseu, sendo cumpridores até ao escrúpulo dos nossos deveres religiosos e cívicos, mas corremos o risco da rotina e da sobranceria, considerando-nos melhores que os outros.
Bom seria que tivéssemos o positivo do publicano: humildade e reconhecimento das próprias limitações e falhas, confessando-as com honradez e sem fingimento.
Revista Mensageiro do coração de Jesus - Out.2010