Senhor, quem habitará na vossa casa?
22.07.07 | ssacramento
Nas leituras de hoje, Abraão recebe cordialmente três misteriosos personagens e acolhe Deus. Marta e Maria acolhem familiarmente o amigo Jesus e é a Deus que hospedam. Os nossos olhos mundanos e distraídos poderão interpretar estes dois gestos como simples exercício de hospitalidade das tribos nómadas ou prática de uma boa amizade, respectivamente.
Saibamos abrir os olhos da fé e deixemos que a Palavra de Deus nos fale. Na atitude acolhedora de Abraão, o povo de Deus aprenderá a viver a hospitalidade: o estrangeiro e o peregrino recordar-lhe-ão que também ele foi estrangeiro e escravo na terra do Egipto, foi errante no deserto, e que toda a vida dos crentes neste mundo deverá ser uma peregrinação contínua em direcção à Terra Prometida, à Casa do Pai.
Nas atitudes, activa de Marta e orante de Maria, poder-se-á compreender a vida normal do cristão. Se Jesus-hóspede é acolhido com tamanha solicitude é porque a Sua presença é sempre o sinal do amor palpável de Deus para com todas as pessoas e, por isso mesmo, um permanente convite à conversão.
Acolher Jesus não é apenas esmerar-se em receber "bem" a Sua pessoa. Marta, pela muita amizade que Lhe tinha, preocupou-se sobretudo com as "coisas" práticas, também importantes: a recepção, a refeição, o ambiente. Mas acolher bem Jesus é escutá-Lo, entrar em comunhão com Ele e a Sua mensagem. E acolhê-lo é acolher cada um dos "cristos" que vagueiam, incontáveis, pelos caminhos do nosso mundo.
Se queremos habitar na Casa do Senhor, primeiro temos que criar condições para O hospedarmos na nossa vida sempre que Ele venha bater à nossa porta. E isso sucede a cada momento!
Na nossa Paróquia, no nosso grupo, na nossa vida, existem condições de acolhimento para os "cristos" que ali aparecem? Conseguimos, no nosso dia-a-dia, harmonizar a contemplação e a acção ou as múltiplas actividades estão a prejudicar o nosso espaço de diálogo com Deus? Queremos ser Marta ou Maria? Ou as duas juntas?
(adaptado de um artigo de J. Machado Lopes, in Revista Bíblica, nº238)

Nas atitudes, activa de Marta e orante de Maria, poder-se-á compreender a vida normal do cristão. Se Jesus-hóspede é acolhido com tamanha solicitude é porque a Sua presença é sempre o sinal do amor palpável de Deus para com todas as pessoas e, por isso mesmo, um permanente convite à conversão.
Acolher Jesus não é apenas esmerar-se em receber "bem" a Sua pessoa. Marta, pela muita amizade que Lhe tinha, preocupou-se sobretudo com as "coisas" práticas, também importantes: a recepção, a refeição, o ambiente. Mas acolher bem Jesus é escutá-Lo, entrar em comunhão com Ele e a Sua mensagem. E acolhê-lo é acolher cada um dos "cristos" que vagueiam, incontáveis, pelos caminhos do nosso mundo.
Se queremos habitar na Casa do Senhor, primeiro temos que criar condições para O hospedarmos na nossa vida sempre que Ele venha bater à nossa porta. E isso sucede a cada momento!
Na nossa Paróquia, no nosso grupo, na nossa vida, existem condições de acolhimento para os "cristos" que ali aparecem? Conseguimos, no nosso dia-a-dia, harmonizar a contemplação e a acção ou as múltiplas actividades estão a prejudicar o nosso espaço de diálogo com Deus? Queremos ser Marta ou Maria? Ou as duas juntas?
(adaptado de um artigo de J. Machado Lopes, in Revista Bíblica, nº238)