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Blogue da Paróquia do Santíssimo Sacramento

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... E MEDITAR

27.03.21 | ssacramento

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27 de Março

Sábado da Semana V

 

Jo 11, 45-56

Jesus revitaliza Lázaro, na presença de muitas pessoas que tinham vindo apresentar condolências pela sua morte. O acréscimo de notoriedade que isto dá a Jesus justifica o discurso do medo que há-de levar à sua execução. Neste contexto, Caifás, pensando apenas em manter a conjuntura política estável, dá voz a uma profecia de redenção: “…é melhor […] morrer um só homem pelo povo”. Ao querer manter a situação de boas relações com os ocupantes romanos, diz algo que é verdade muito para lá da sua capacidade de ver.

Jesus é o justo que morre por todos, para que vivamos. A morte de Jesus, mais que criar boas relações com os romanos, cria-nos a possibilidade de uma relação com Deus. Abre o caminho que o pecado de Adão fechara, para que a humanidade se encontre com Deus, o caminho da redenção. Não porque Deus precise da morte do Filho. Não porque Jesus caminhe para uma morte intencional. O caminho abre-se porque Jesus é obediente à vontade do Pai, mesmo que isso leve à Sua morte. É a Sua obediência até ao fim que nos redime da desobediência primeira.

Jesus irá mesmo à festa da Páscoa e dar-lhe-á o seu sentido verdadeiro. Mais ainda, Jesus é a própria Festa da Páscoa. Porque o seu amor venceu o medo da morte, também nós podemos ir à festa da Páscoa, participando dela com as nossas próprias vidas. Podemos entrar com Jesus no acontecimento da morte e ressurreição, para vivermos com Ele uma contínua Páscoa. Porque Jesus percorreu todo o trajecto humano da morte à vida, podemos percorrer com Ele cada passo das nossas vidas.

 

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Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram n’Ele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n’Ele; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?» Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»