... E MEDITAR
29 de Março
Segunda-feira da Semana Santa
Jo 12, 1-11
Seis dias antes da Páscoa, como hoje, segunda-feira, Jesus está em casa de Marta, Maria e Lázaro que fizera regressar à vida. Talvez porque pesasse sobre Jesus um clima de ameaça, Maria tem para com ele um gesto exuberante de ternura: unge os seus pés com um perfume caríssimo. Mas a tensão que se gerara em volta de Jesus já tinha penetrado no grupo dos discípulos e Judas, por ser desonesto, critica o gesto de Maria. A notoriedade de Jesus e de Lázaro traz muitos ao seu encontro, mas também estende ao seu amigo o clima de ameaça que pesa sobre Ele.
A trama que conduz Jesus à morte é muito humana. Está rodeado de amizade e admiração, mas também de interesse, medo, inveja. Nada demasiado original, nada muito diferente dos motivos que, ainda hoje, causam a morte a tantos inocentes.
Na morte de Jesus, uma só diferença é decisiva: não é um qualquer inocente que é levado à morte, é o Justo, em quem não há pecado. Pela primeira vez, a morte recebe um homem sem pecado. Por isso, não é a morte que aniquila o Justo, mas é Jesus quem aniquila a morte. O perfume que Maria derrama nos pés do amigo mais que antecipar o seu sepultamento, antecipa a Sua presença de ressuscitado, que encherá toda a casa.
-- -- --
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Ofereceram-Lhe lá um jantar: Marta andava a servir e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus. Então Maria tomou uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-Lhos com os cabelos; e a casa encheu-se com o perfume do bálsamo. Disse então Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que havia de entregar Jesus: «Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários, para dar aos pobres?» Disse isto, não porque se importava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, tirava o que nela se lançava. Jesus respondeu-lhe: «Deixa-a em paz: ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco; mas a Mim, nem sempre Me tereis». Soube então grande número de judeus que Jesus Se encontrava ali e vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes resolveram matar também Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus.